25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2401-1


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

ESTRESSE SALINO E PRODUÇÃO DE AUXINAS EM BACTÉRIAS METILOTRÓFICAS FACULTATIVAS

Pedro Avelino Maia de Andrade (UAG/UFRPE); Maria das Dores da Silva (UAG/UFRPE); Maria Camila Barros Silva (UAG/UFRPE); Michelangelo Oliveira Silva (UFRPE); Fernando José Freire (UFRPE); Júlia Kuklinsky-sobral (UAG/UFRPE)

Resumo

Os microrganismos apresentam imensa diversidade genética e desempenham funções únicas e cruciais na manutenção de ecossistemas, como componentes fundamentais de cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos. Portanto, a busca por novos caracteres e novos benefícios desenvolvidos pela microbiota do solo e da planta podem ser a fonte de estudos e descobertas que venham a melhorar as condições de cultivo e aumento da produtividade, podendo, assim, proceder a soluções para problemas regionais e nacionais.  Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a resistência à salinidade e a capacidade de produção de ácido indol acético (AIA), um grupo de auxina, por linhagens de bactérias metilotróficas facultativas de pigmentação rosa (gênero Methylobacterium -PPFMs) de feijão caupi e de cana-de-açúcar. Para tanto, dezenove linhagens de bactérias metilotróficas facultativas de pigmentação rosa, isoladas de feijão caupi e três de cana-de-açúcar, foram cultivadas em meio de cultura TSA 10% com diferentes concentrações de NaCl (0; 15; 30; 45; 60 e 75g/L), as culturas foram incubadas a 28ºC por 15 dias. As avaliações foram realizadas de acordo com o seguinte padrão: 0 = ausência de crescimento; 1 = pouco crescimento; 2 = muito crescimento, lento, distribuição heterogênea; 3 = muito crescimento razoável e com distribuição heterogênea; e 4 = crescimento rápido original (controle). Em relação à capacidade de produzir AIA, as linhagens foram cultivadas em meio TSA 10% líquido contendo 5mM de L-triptofano e, após o crescimento, utilizou-se 500µL da cultura com 500µL do reagente de Salkowski para a reação colorimétrica, e a formação de coloração rosa, indicou a produção de AIA. Foi observado que todas as linhagens oriundas de feijão caupi apresentaram crescimento até 60g/L de NaCl, em um intervalo de tempo de 0-10 dias de incubação a 28ºC, mostrando-se mais resistentes que as de cana-de-açúcar, que não cresceram em concentrações superiores a 45g/L. Contudo nenhuma linhagem bacteriana, de ambas as plantas, apresentou crescimento na concentração de 75g/L. Foi observado também que as três linhagens oriundas de cana-de-açúcar apresentaram a capacidade de produzir AIA, enquanto que apenas 4 linhagens de feijão apresentaram resultado positivo. Desta forma, tornam-se promissoras candidatas para maiores investigações e futuras aplicações na produção agrícola de ambas as culturas.

Agências de Fomento: CNPq e FACEPE.


Palavras-chave:  interação bactéria-planta, salinidade, Methylobacterium, cana-de-açúcar, feijão caupi