INTRODUÇÃO:
Desde a sua implantação, no ano de 1954, o cateterismo tornou-se indispensável na prática hospitalar, proporcionando meios mais rápidos e seguros de acesso venoso. Estes dispositivos apesar de todos os benefícios incontestáveis oferecidos estão ligados a inúmeros casos de infecções, gerando altos índices de morbimortalidade e custos hospitalares.
OBJETIVO:
Estudar a prevalência dos principais agentes etiológicos bacterianos e sua resistência frente aos antimicrobianos associados à infecção do cateter.
METODOLOGIA:
Foram avaliados resultados laboratoriais de 197 pacienetes de dois hospitais na cidade de Salvador, Bahia, no período compreendido entre 2007 e 2008. A maioria das amostras estudadas (80,7%) foram provenientes de um hospital filantrópico, as demais de um hopital particular. Os dados obtidos a partir de prontuários médicos ou relatório laboratorial computadorizado foram agrupados em um banco de dados e analisados no programa SPSS versão 9.0.
RESULTADOS:
Os patógenos isolados com maior frequência foram Pseudomonas aeruginosa 21,3%, Klebsiella pneumoniae 17,2% e Staphylococcus coagulase negativa 11,7%. A maioria dos pacientes estudados (67,5%) estavam internados na UTI. A análise do perfil de sensibilidade das cepas bacterianas estudadas mostrou uma grande diferença entre os dois hospitais, as cepas do hospital filantrópico mostraram-se na grande maioria das vezes menos sensíveis aos diferentes antimicrobianos testados, independente da espécie analisada.
CONCLUSÃO
A colonização de cateteres é um importante problema no quadro das infecções no ambiente hospitalar. Neste cenário a resistência aos antimicrobianos aparece como um fator a mais de complicação no tratamento das verdadeiras infecções, quase sempre associadas a um quadro de septicemia, que devem ser diferenciadas das colonizações localizadas. Várias medidas de controle de infecção necessitam ser aplicadas e monitoradas, bem como um sistema de vigilância contínua para o surgimento de cepas multirressitentes é de fundamental importância.