25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2395-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

FREQUÊNCIA DE ISOLAMENTO DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS OXACILINA (ORSA) RESISTENTE DE ORIGEM HOSPITALAR EM SALVADOR, BAHIA

Jamile Franco Barreto (EBMSP); Claudia Santos Portela (EBMSP); Suzana Ramos Ferrer (EBMSP); Rita Elizabeth Moreira Mascarenhas (EBMSP); Hygia Maria Nunes Guerreiro (EBMSP)

Resumo

INTRODUÇÃO:

A resistência bacteriana aos antibióticos constitui um sério problema de saúde pública por dificultar o tratamento das infecções, principalmente no caso de infecções causadas por microorganismos multirresistentes. O principal patógeno relacionado ao desenvolvimento de resistência a multiplos antimicrobianos é o Staphylococcus spp., sendo o S. aureus a principal espécie devido aos seus diversos mecanismos de virulência, sua habilidade de adaptação aos ambientes adversos e capacidade de causar diferentes tipos de infecções em humanos. É um importante agente de infecção hospitalar.

OBJETIVO:

Avaliar a frequência de isolamento de Staphylococcus spp. e estabelecer o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos em um hospital filantrópico em Salvador.

METODOLOGIA:

Estudo retrospectivo baseado na análise dos dados obtidos a partir do relatório do Laboratório de Microbiologia do hospital, no período compreendido entre 2007 e 2008. Foram analisados dados referentes ao paciente como idade e sexo, sítio da infecção, unidade de internamento e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos das cepas isoladas.

RESULTADOS:

Foram avaliadas 1434 culturas positivas e o gênero Staphylococcus representou 28,5% das cepas isoladas, sendo o mais frequente. Os pacientes apresentavam idades que variavam de 0 a 101 anos com discreta predominância para o sexo masculino, 56,1%. Com relação às espécies isoladas os Staphylococcus coagulase negativa foram predominantes 57,4% com relação aos S. aureus: 42,7%. Os Staphylococcus spp. foram o gênero mais isolado das amostras de hemocultura quando comparado com os demais microorganismos. Dos 25 antibióticos testados, 60% apresentaram sensibilidade inferior a 50%. Das cepas testadas 62,2% foram resistentes à oxacilina.

CONCLUSÃO:

Os resultados analisados demonstraram elevada frequência de cepas resistentes. Há necessidade de estudos adicionais para melhor compreender os mais importantes entraves ao controle da infecção, as vias de propagação das cepas resistentes, com a finalidade de otimizar as medidas preventivas e educativas a serem implantadas no ambiente hospitalar.


Palavras-chave:  ORSA, RESISTÊNCIA BACTERIANA, Staphylococcus aureus