Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A ) MICROESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO COMO UM MÉTODO PARA IDENTIFICAÇÃO RÁPIDA DE BACTÉRIAS Inglid Fontoura (IP&D/UNIVAP); Ricardo Belo (UNIVAP); Kumiko K Sakane (IP&D/UNIVAP); Maria Angélica Gargione Cardoso (IP&D/UNIVAP); Sônia Khouri (UNIVAP); Mituo Uehara (IP&D/UNIVAP); Daniel Freitas Alves Pereira (FOSJC/UNESP); Airton A. Martin (IP&D/UNIVAP)
ResumoAtualmente a microespectroscopia no infravermelho (FT-IR) está sendo usada para rápida diferenciação e identificação de microrganismos. Esta técnica representa um método analítico, não destrutivo e dinâmico para investigar uma população de células com pouca biomassa. O método fornece um espectro de absorção bioquímica devido às vibrações de ligações químicas de componentes celulares, tais como proteínas, ácidos nucléicos, carboidratos e lipídios; fornecendo assim a informação quantitativa sobre a composição bioquímica da célula microbiana. O presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial da microespectroscopia FT-IR (Spectrum Spotlight 400, Perkin-Elmer) para rápida identificação de bactérias. As cepas utilizadas no estudo foram Escherichia coli ATCC 10799 e Staphylococcus aureus ATCC 14458. Os inóculos foram preparados segundo a escala de McFarland 0,5, semeado em superfície com alça de Drigalski em Agar Mueller Hinton e incubado a 37ºC por 6 horas. Após a incubação três alçadas do microrganismo foram suspensos em 120 µl de solução salina estéril 0,9%. A solução foi homogeneizada em vortex onde 5 µl foram depositados em janela de CaF2 e submetido à estufa a 50ºC para obtenção de filme fino. Os espectros foram obtidos no intervalo de 4000-900 cm-1 com 32 varreduras realizadas por transmitância com resolução de 4 cm-1. Vinte espectros de cada cepa foram incluídos para análise. Os espectros foram tratados utilizando o programa estatístico OPUS (Bruker). Foram feitas as correções de linha de base seguidas de normalização vetorial. Os dados tratados serviram de entrada para análise cluster usando a primeira derivada e o algoritmo Ward’s foi aplicado. Espectros de boa qualidade foram obtidos com amostras de bactérias com um tempo de incubação de apenas 6 horas. Uma excelente discriminação entre as cepas foi obtida. O dendograma, resultado da análise de cluster foi dividido em dois principais ramos, diferenciando e identificando os espectros de E. coli e S. aureus. Sendo assim, o trabalho confirmou a utilidade da microespectroscopia FT-IR na rápida diferenciação e identificação de microrganismos. Palavras-chave: microespectroscopia, infravermelho, bactérias |