AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE UMA FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA UTILIZANDO O ÓLEO ESSENCIAL CARYOPHILUS AROMATICUS

Fernanda Andrade Oliveira (UNIVAP); Guilherme Rodrigues Teodoro (UNIVAP); Nilton Syogo Arakawa (UNIVAP); Marcos José Salvador (UNIVAP); Ricardo Ananias Soares Belo (UNIVAP); Sônia Khouri (UNIVAP)

As onicomicoses constituem um sério problema, em razão de sua elevada freqüência e sua dificuldade diagnóstica. Além disso, o tratamento das infecções fúngicas não é sempre efetivo, pois a maioria dos fármacos antifúngicos disponíveis produz recorrência ou causam resistência, além de apresentarem importante toxicidade. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica do óleo essencial de cravo e também de uma formulação farmacêutica, com este óleo incorporado, sob cepas clínicas de Trichophyton spp. O processo de obtenção do óleo essencial seguiu o método de hidrodestilação, utilizando o  aparelho  de Clevenger. A análise do óleo de cravo foi realizada através da cromatografia em camada delgada comparativa (CCDC). O preparo da formulação farmacêutica foi realizado através da incorporação do óleo de cravo na base de esmalte incolor ^®. Foi utilizado o óleo essencial de cravo, obtido pelo processo de hidrodestilação e o óleo de cravo comercial - Alanza^â. Dessa forma, foram desenvolvidas diferentes formulações, utilizando diversas concentrações de cada uma delas. Foram utilizadas 7 cepas clínicas, sendo destas 4 cepas de Trichophyton rubrum, 2 cepas de Trichophyton mentagrophytes e uma cepa de Trichophyton tonsurans. No ensaio da atividade antifúngica foi utilizada a técnica de Pour Plate, in vitro. Na análise cromatográfica foi detectada a presença de eugenol em ambos os óleos comparados ao padrão de Eugenol. Os resultados obtidos pela técnica de Pour Plate, in vitro, demonstraram atividade fungicida em ambas formulações, tendo uma variação de halos entre 8 e 33 mm na formulação incorporada com óleo de cravo obtido por hidrodestilação e 7 e 33 mm com óleo obtido comercialmente. Através da CCDC foi comprovada a presença de eugenol em ambos os óleos utilizados, sendo ele o princípio ativo do cravo-da-índia. Comparando a CIM (Concentração inibitória mínima) dos óleos de cravo e de suas respectivas formulações, todas as cepas foram sensíveis às formulações. Os resultados obtidos, no presente trabalho, demonstram o potencial antifúngico do óleo essencial de cravo, assim como da formulação farmacêutica desenvolvida através deste óleo essencial como ativo. Estes resultados encorajam para que mais estudos, tanto in vitro como in vivo, sejam realizados.