EFEITO DA ESTERILIZAÇÃO DO SOLO NA COLONIZAÇÃO DE PLÂNTULAS DE PHYSALIS ANGULATA POR BACTÉRIAS ENDOFITICAS

Igor Santos Bulhões (UFRB); Marcelo Batista Teixeira (UFRB); Patricia Baston Barretti (UFRB); Rodrigo Pires do Nascimento (UFRB)

A Physalis spp. é uma frutífera pertencente à família botânica das Solanaceas e freqüente em todo o território brasileiro. Sua importância é verificada em diversas áreas da Botânica, Química, Farmacologia, Toxicologia e Genética, possuindo constituintes químicos responsáveis por atividades imunomoduladoras, antimicrobianas, anticancerígena dentre outras. Relatos da presença de microrganismos endofíticos têm sido observados em um grande número de espécies de plantas. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo verificar a colonização de bactérias endofíticas em plântulas de Physalis angulata L. cultivadas em dois diferentes tipos de tratamento de solo. As plântulas foram dispostas em dois tratamentos: cultivadas em solo esterilizado em autoclave durante 2 vezes por 1h30min, e, cultivadas em solo não esterilizado. Sendo utilizadas 2 plântulas por tratamento. Para o isolamento de bactérias endofíticas a partir de raízes, caule e folhas, procedeu-se a lavagem das amostras, pesagem em balança analítica e desinfestação em álcool etílico (50%) por 30 segundos, hipoclorito de sódio (1%) durante 2 minutos para folhas e caules e durante 3 minutos para raízes, seguido de três lavagens em água destilada esterilizada. Após a desinfestação superficial, os fragmentos foram macerados em cadinho contendo 10 ml de solução salina (0,85%). Procedeu-se a diluição seriada em solução salina com fator de diluição 1:10. Alíquotas de 100 µl da suspensão concentrada e da diluição 10^-1 foram semeadas em meio TSA suplementado com antifúngico fluconazol e incubadas a 28 ºC. O crescimento de colônias foi observado até 48 horas para a maioria das bactérias. Ao todo, foram obtidas 28 estirpes de bactérias endofíticas, sendo 16 das plântulas cultivadas em solo não esterilizado e 12 das plântulas cultivadas em solo esterilizado, sendo 92% Gram-negativos. As plântulas cultivadas em solo esterilizado apresentaram menor quantidade de UFC/g de tecido fresco nas raízes, menor quantidade de bactérias isoladas, ausência de bactérias do tipo Gram-positiva, retardo na germinação e, posteriormente, maior precocidade no crescimento quando comparadas com as plântulas cultivadas em solo não esterilizado.