MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada no ambiente de 52 cozinhas residenciais, quantificando fungos e bactérias aeróbias mesófilas, utilizando a técnica de sedimentação simples. Foram expostas 52 placas de Petri contendo meio de cultura PCA (Agar Padrão para Contagem) para bactérias aeróbias mesófilas e 52 com BDA (Agar Batata Dextrose acidificado) para fungos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O parâmetro de contaminação ambiental para bactérias aeróbias mesófilas e fungos filamentosos de acordo com a legislação americana, padrão atualmente utilizado é de 30 UFC/cm²/semana. Das 52 cozinhas residenciais analisadas apenas 3 (5,75%) e 1(1,9%) estavam dentro do padrão da legislação para fungos e bactérias aeróbias mesófilas, respectivamente. Das amostras que apresentaram contaminação 03 (5,75%) apresentaram números incontáveis de colônias para quantificação de fungos e bactérias aeróbias mesófilas, o responsável por uma dessas cozinhas justificou que antes da coleta havia ocorrido um aumento na produção de refeições devido a realização de um evento, onde a higienização da cozinha foi inviável. s outras duas amostras excessivamente contaminadas foram justificadas por haver higienização destas apenas uma vez por semana.

CONCLUSÃO: As cozinhas residenciais apresentaram um alto índice de contaminação ambiental por fungos e baterias aeróbias mesófilas (94,25% e 98,1%) respectivamente. Esses microrganismos são indicadores de condições higiênico-sanitárias insatisfatórias, sendo, portanto as cozinhas residenciais pertencentes a esse estudo consideradas inadequadas para o armazenamento, preparo e consumo de refeições, visto que dados na literatura indicam que o ambiente residencial obtém o maior índice de acontecimentos de surtos de origem alimentar. Faz-se necessária realização de etapas de controle de higiene ambiental eficiente pelos responsáveis destas cozinhas residências para que o local de produção destas refeições não seja insalubre podendo causar danos à saúde de quem realiza refeições nestes locais.