25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2300-3


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PERFIL DE RESISTÊNCIA DE ACINETOBACTER BAUMANNII AOS CARBAPENENS E AMPICILINA/SULBACTAN EM HOSPITAL MISTO DE MACEIÓ-AL

Valter Alvino (CPML); Luana Pires (HUPAA); Flávia Lima (CPML); Kelly Santos (SCMM); Alice Leite (SCMM); Renato Silva (CPML); Zenaldo Porfirio (CPML)

Resumo

Acinetobacter baumannii é a espécie mais comum do gênero isolado de amostras clínicas e de ambiente hospitalar. No passado foi considerado de baixa virulência, mas, agora, é reconhecido como um importante patógeno hospitalar, mais frequentemente afetando pacientes criticamente doentes em unidades de tratamento intesivo (UTIs) e geralmente, associados a infecções do trato respiratório. Estes microrganismos são capazes de persistir em ambientes hospitalares por longos períodos devido à sua escassa exigência nutricional e à manifestação de fatores de virulência. A. baumannii é uma bactéria que parece ter uma propensão para desenvolvimento de resistência antimicrobiana extremamente rápida. Este estudo teve como objetivo verificar o perfil de resistência de Acinetobacter baumannii aos Carbapenens e Ampicilina/Sulbactan em Hospital misto (público/privado) de Maceió/Alagoas. Foram obtidos 134 isolados de A. baumannii de diferentes espécimes clínicos no período de janeiro de 2008 a julho de 2009. A identificação bacteriana e o teste de susceptibilidade foram realizados pelos métodos manuais e/ou automatizado MicroScan/autoScan. O aspirado traqueal foi o material clínico que apresentou um maior número de isolados com 53 (39,6%), seguido do cateter com 18 (13,4%), partes moles (12,7%), secreção de ferida cirúrgica com 16 (11,9%), sangue com 13 (9,7%) e urina com 12 (8,9%) e outros 5 (3,8%). Dos isolados de partes moles 82,4% apresentaram resistência aos Carbapenens (Imipenem e Meropenem) e Ampicilina/Sulbactan, seguida do aspirado traqueal com 81,1% para os Carbapenens e 66% para Ampicilina/Sulbactan, sangue 61,5% Carbapenens e 69,2% para Ampicilina/Sulbactan, sendo estes os materiais clínicos com maior resitência a estes antimicrobianos. Concluiu-se que o A. baumannii está presente em diferentes topografias, apresentando elevado percentual de resistência aos Carbapenens e Ampicilina/Sulbactan, sendo necessária a identificação de carbapenemases fenotipicamente para auxiliar a CCIH (Comissãode Controle de Infecção Hospitalar) na prevenção da disseminação desse determinante de resistência como, também, auxiliar no uso racional dos Carbapenens, o qual induz a essa resistência.


Palavras-chave:  Acinetobacter baumannii, Carbapenens, Ampicilina/Sulbactam