MARCADORES SOROLÓGICOS PARA HEPATITE B EM PACIENTES AMBULATORIAIS ATENDIDOS NO CENTRO DE PATOLOGIA E MEDICINA LABORATORIAL/UNCISAL EM MACEIÓ/AL

Valter Alvino (CPML); Zenaldo Porfírio (CPML)

A infecção pelo vírus da Hepatite B (HBV) acomete entre 350 e 500 milhões de pessoas em todo mundo. As principais complicações são a cirrose e câncer hepáticos, podendo também ocorrer hepatite aguda, infeccção crônica inaparente (estado de portador) e hepatite crônica. O antígeno de superfície do vírus (HBsAg) é produzido e pode ser encontrado no soro a partir de 10-14 dias após a infecção e refere-se anticorpos produzidos contra antígenos do nuceocapsídeo (core) do HBV e tem finalidade de avaliar contato atual ou anterior com o vírus. O anti-HBS é o anticorpo que confere imunidade e usualmente é detectado várias semanas ou meses após o desaparecimento do HBsAg. A presença de anti-HBS isolado pode ser encontrado nos casos de vacinação para Hepatite B. O objetivo desse trabalho foi avaliar a frequência de marcadores sorológicos para Hepatite B em pacientes atendidos no Centro de Patologia e Medicina Laboratorial (CPML) da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). Foram avaliadas 465 amostras para a presença do HBsAg, 115 para a presença do HBC-IgG e 160 para a presença do anti-HBS pelo método de quimioluminescência no período de janeiro a julho de 2009. Dos resultados obtidos, 23 (4,95%) amostras foram reagentes para o HBsAg, dentre essas, 16 (69,56%) eram de pacientes do sexo masculino e 7 (30,44%) do feminino com idades entre 16 e 86 anos. Para a pesquisa de HBC-IgG 31 (26,96%) amostras foram reagentes, 15 (48,39%) de pacientes do sexo feminino e 16 (51,61%) do sexo masculino com indades entre 18 e 69 anos. Já para o HBS foram encontrados 59 (36,88%) amostras reagentes, sendo 35 (59,32%) de pacientes do sexo feminino e 24 (40,68%) do sexo masculino com idades entre 2 e 68 anos. Dessa forma, houve um elevado número de pacientes que tiveram contato com o vírus da Hepatite B, com uma maior prevalência entre adolescentes e adultos indicando ser essa a faixa etária de maior risco. Além disso, foi baixo o número de pacientes que apresentaram imunidade para o vírus, o que reforça a necessidade de uma maior eficiência nas campanhas de imunização.