25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2299-2


Área: Fermentação e Biotecnologia ( Divisão J )

PRODUÇÃO DE PROTEASES POR FUNGOS FILAMENTOSOS ATRAVÉS DE CULTIVO EM ESTADO SÓLIDO UTILIZANDO POLPA CÍTRICA

Eduardo Francisco dos Santos (UFRPE); Flaviana Santos Wanderley (UFRPE); Thiago Pajeú Nascimento (UFRPE); Tatiana Souza Porto (UFRPE); Michele Rigon Spier (UFPr); Carlos Ricardo Soccol (UFPr); Keila Aparecida Moreira (UFRPE); Ana Lúcia Figueiredo Porto (UFRPE)

Resumo

Muitas enzimas produzidas por fungos têm relevantes aplicações em diferentes áreas industriais. As proteases constituem 60% do total de enzimas comercializadas no mundo com aplicação predominante nas indústrias de alimentos, têxtil, farmacêutica e de detergentes. A produção industrial de enzimas é limitada devido aos gastos com substratos utilizados para o cultivo dos micro-organismos. O uso de substratos de baixo custo, como os resíduos agroindustriais, é uma alternativa para reduzir os custos de produção. A produção de proteases por fungos filamentosos pertencentes aos gêneros Absidia, Alternaria, Aspergillus, Eurothium e Rhizomucor, foi estudada através de fermentação em estado sólido utilizando como substrato a polpa cítrica. Os fungos utilizados foram Absidia blakesluana, Alternaria tenuissima, Aspergillus aculeatus, A. duricaulis, A. japonicus, A.niger, A. phoenicis, A. sydowii, A. terreus, A. versicolor, Eurothium chevalieri e Rhizomucor pusillus. Todas as espécies foram obtidas da Micoteca, do Departamento de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. A produção de protease foi realizada em Erlennemeyer de 250mL, contendo, 15g de polpa cítrica com umidade inicial de 70%, pH ajustado para 5,0 e esterilizado sob radiação ultravioleta por duas horas. Os meios foram inoculados com suspensão de esporos dos fungos cultivados em BDA durante 7 dias a 30°C. Os experimentos foram realizados em triplicatas. A concentração de proteína foi obtida pelo método descrito por Bradford. . A atividade proteásica na base seca foi determinada usando-se azocaseína a 1% e tampão Tris-HCl (0,1M, pH 7,2). Após 60 minutos, a atividade proteolítica foi interrompida com adição do ácido tricloroacético 10% e as amostras foram centrifugadas a 4°C. A absorbância do sobrenadante foi medida a 440nm. Os fungos que apresentaram os maiores valores de produção de proteases foram A. blakesluana (48,08U/gbs), A. sydowii (44,34U/gbs), R. pusillus (41,77 U/gbs) e A. japonicus (40,81U/gbs). Os resultados para A. duricaulis, A. terreus, A. versicolor e R. pusillus variaram de 40 a 20U/gbs. Os demais apresentaram valores entre 20 e 10U/gbs. Os fungos Absidia blakesluana A. japonicus, A. sydowii e Rhizomucor pusillus foram os melhores produtores de enzimas proteolíticas.


Palavras-chave:  Absidia blakesluana, fermentação em estado sólido, produção, proteases