AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTAGÔNICA DE AGENTES DE CONTROLE MICROBIANO A PATÓGENOS PÓS-COLHEITA DE FRUTAS TROPICAIS
Ana Paula Carvalho de Castro (UPE); Anne Caroline de Moraes Peixoto (UPE); Tamires da Silva (UPE); Ernando Ferreira Motta (CPATSA); Carlos Gava (CPATSA)
Resumo
A crescente
preocupação com a permanência de resíduos de defensivos agrícolas nos produtos
destinados ao consumo in natura tem
crescido rapidamente impondo a busca constante de mecanismos de controle de
patógenos de pré e pós-colheita. Nas regiões tropicais as diversas fases de
manuseio das frutos, partindo da colheita, transporte e armazenamento têm
causado elevadas perdas qualitativas e quantitativas da produção. Neste contexto,
o controle biológico de doenças através de agentes antagônicos pode ser uma
prática a ser integrada ao sistema de produção para reduzir as perdas
qualitativas e quantitativas. O uso de microrganismos antagonistas tem apresentado
potencial para a inclusão em um manejo integrado de doenças pós-colheita que
considerem aplicações dos agentes de controle em pré e pós-colheita. Este
trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de isolados de leveduras,
isolados de bactérias fungos a isolados de fitopatógenos. Os experimentos foram
conduzidos utilizando-se leveduras, fungos filamentosos e bactérias A atividade
antagônica dos isolados, foi avaliada por meio do método de cultura
pareada no qual, em placas de Petri contendo meio de cultura Batata-Dextrose-Ágar
(BDA), foram distribuídos dois discos dispostos em lados opostos da placa, sendo um do patógeno e outro dos isolados a
serem avaliados. As placas foram mantidas em câmara de crescimento a
temperatura de 28°C
e fotoperíodo de doze horas. O potencial de inibição foi determinado a partir
de avaliações da do halo de antagonismo, avaliado diariamente até o 15º após o
início do experimento. Dos 21 isolados de leveduras avaliados, 8 apresentaram
antagonismo a 50% dos patógenos, enquanto apenas dois isolados de bactéria apresentaram
antagonismo a seis dos isolados de patógenos pós-colheita. E apenas um isolado
de Beauveria bassiana apresentou
antagonismo aos 16 fitopatógenos. Assim, um grupo de microrganismo foi isolado
para a avaliação do mecanismo de ação e desenvolvimento de formulações para uso
no controle integrado de patógenos pós-colheita.