25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2292-1


Área: Microbiologia Geral e Meio Ambiente ( Divisão L )

INFLUÊNCIA DA FONTE DE CARBONO E NITROGÊNIO NA PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTES POR BACILLUS SUBTILIS EM CONDIÇÃO ANAERÓBIA

Marcela da Rocha Reis (UFV); Péricles Leonardo Fernandes (UFV); Marcos Rogério Tótola (UFV)

Resumo

INTRODUÇÃO: Todos os fatores que influenciam diretamente o crescimento bacteriano potencialmente afetam também a produção de compostos biossurfactantes, principalmente no que diz respeito ao rendimento da produção. Dentre esses fatores podemos citar fatores nutricionais como fonte de carbono e nitrogênio presentes no meio de cultura. OBJETIVO:  Avaliar as influências das fontes de carbono e nitrogênio no crescimento anaeróbio e produção de biossurfactantes por isolados de Bacillus subtilis. Para a realização do experimento, foram utilizados três isolados de B. subtilis LBBMA155, LBBMA111A e LBBMA283. METODOLOGIA: O experimento foi montado em um fatorial 4 X 3, com três repetições, onde o meio MM foi suplementado com quatro fontes de carbono (p/v): glicose (3%), sacarose (3%), amido (1%) e piruvato de sódio (2%); e com três fontes de nitrogênio (p/v): nitrato de sódio (0,1%), fosfato de amônio (0,1%) e proteose peptona (0,3%). O crescimento microbiano foi estimado por meio de leituras de densidade óptica DO600 nm. A produção de biossurfactantes foi avaliada determinando-se a tensão superficial e diluição micelar crítica das culturas. RESULTADOS: A sacarose proporcionou o melhor crescimento a todos os isolados, dentre as fontes de carbono avaliadas. Os isolados de Bacillus não foram capazes de utilizar o amido como fonte de carbono em anaerobiose. O piruvato de sódio também não foi capaz de sustentar um crescimento satisfatório desses isolados. A melhor fonte de carbono para a produção de biossurfactantes variou de acordo com o isolado bacteriano, sendo sacarose para os isolados 155 e 111A e glicose para 283. A proteose peptona foi a melhor fonte de nitrogênio para o crescimento de todos os isolados e para a produção de biossurfactantes pelos isolados 155 e 283, sendo encontrados, nestas condições, os menores valores de tensão superficial 30,8 e 31,7 mJ m2, respectivamente. Para o isolado 111A o menor valor de tensão foi 35 mJ m2, encontrado no tratamento composto por sacarose e nitrato de amônio. CONCLUSÃO: Neste trabalho concluiu-se portanto que o crescimento das bactérias em diferentes fontes de carbono e nitrogênio têm influência direta sobre a atividade e o rendimento dos biossurfactantes produzidos, e que, em alguns casos, esse fato não está diretamente ligado à quantidade de biomassa bacteriana produzida.
Apoio: FINEP / PETROBRAS


Palavras-chave:  Biossurfactante, Bacillus subitilis, Anaerobiose, Carbono, Nitrogênio