25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2284-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

PESQUISA DE BACTÉRIAS TERMOFÍLICAS DO GÊNERO CAMPYLOBACTER DE SUÍNOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Graziele da Silva Mendes (IOC/FIOCRUZ); Luis Adan Flores Andrade (IOC/FIOCRUZ); Jacqueline Darc da Silva Thomé (IOC/FIOCRUZ); Sheila da Silva Duque (IOC/FIOCRUZ); Wagner Thadeu Cardoso Esteves (IOC/FIOCRUZ); Ana Luzia Lauria Filgueiras (IOC/FIOCRUZ)

Resumo

As espécies bacterianas termofilicas pertencentes ao gênero Campylobacter são consideradas enteopatógenos importantes para a Saúde Pública. Atualmente apresentam-se como uma das causas mais frequentes de enterites no homem e nos animais, o que torna a campilobacteriopse uma zoonose bastante difundida, Os suínos, cuja carne é reconhecida como a mais consumida em várias partes do mundo, têm uma grande importância na transmissão dessa bactéria para o homem. Estudos enteriores revelam um alto número de isolamentos de Campylobacter coli nesses animais e a possibilidade desta bactéria contaminar carcaças no momento do abate, fazendo com que os suínos sejam potenciais veículos de transmissão deste patógeno para os consumidores. Visando estudar o potencial de transmissão da campilobacteriose pela carne suína, este trabalho tem como principal objetivo verificar a presença de espécies termofilicas de Campylobacter em suíno criados em estabelecimentos localizados no Estado do Rio de Janeiro.Para a realização deste trabalho, foram coletadas amostras fecais de suínos em duas fazendas de criação e um criadouro domiciliar, e também amostras de carcaças,obtidas em um abatedouro inspecionado pelo Serviço de Inspeção do Estado (SIE). As amostras fecais foram submetidas quanto a origem, correspondentes a Matrizes ( reprodutores) ou Terminação ( animais destinados para o abate ).Ao todo, foram examinadas 120 amostras, sendo 100 amostras oriundas de material fecal e 20 amostras de carcaça. Como resultado, não foi observada a presença de Campylobacter nas carcaças analisadas e obtivemos o isolamento de Campylobacter em 28 (23,3%) amostras de material fecal. A identificação da espécie Campylobacter coli foi possivel em apenas 12 das amostras positivas (42,9%),pois nas outras 16 amostras (57,1%), devido à inviabilidade de cultivo apresentada pelas células de Campylobacter, só foi possível chegar ao diagnóstico presuntivo,ou seja, a visualização da sua morfologia celular típica em microscópio óptico. Nossos dados sugerem que os suínos podem ser veículo de transmissão da campilobacteriose para os humanos, tendo em vista que obtivemos um percentual de isolamento de 23,3% das amostras.


Palavras-chave:  Campylobacter, suínos, saúde publica