Rogeria Keller (CVD); Tamara D. Hilton (CVD); Hernam Rios (SU); Edgar C. Boedeker (UNM); James B. Kaper (CVD)

As amostras pertencentes a família de Attaching e Effacing Escherichia coli (AEEC) possuem a capacidade de induzir a formação de pedestal, promover aderencia íntima da bactéria ao epitélio do intestino, além de realizarem o effacement nas microvilosidades. Essas amostras também possuem a ilha de patogenicidade codificada por LEE- Locus of Enterocyte Effacement-  a qual alberga os genes que codificam para a lesão Attaching and Effacing (AE)- a característica principal dessa familia- e o gene eae, o qual codifica intimina, uma protéina de membrana externa que atua como uma adesina para a formação da lesão AE. Neste trabalho utilizou-se a proteina intimina como antigeno vacinal por via oral para proteger coelhos do desafio contra amostras de Rabbit Enteropathogenic E. coli (REPEC), um membro da familia AEEC. A porção C-terminal da intimina for carreada pela vacina atenuada de Vibrio cholerae CVD 103-HgR. Para exportar intimina, uma fusão foi criada com ClyA, uma proteína secretada de Salmonella enterica serovar Typhi. Após imunização dos coelhos, anticorpos específicos contra intimina foram detectados no soro e na bile desses animais e  uma proteção moderada ao desafio contra amostra virulenta de REPEC foi observada. Comparado aos animais imunizados somente com vetor, coelhos imunizados com intimina apresentaram um menor número de bactérias nas fezes, sintomas mais brandos de diarréia, menor perda de peso e colonização reduzida de REPEC no cecum. Concluindo, V. cholerae CVD 103-HgR apresenta-se como um veículo promissor  para a  entrega de antígenos  e ainda mostrou-se capaz de conferir proteção contra patógenos da familia AEEC.