25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2271-2


Área: Microbiologia Geral e Meio Ambiente ( Divisão L )

AVALIAÇÃO SANITÁRIA DAS ÁGUAS E AREIAS DE PRAIAS DA BAIXADA SANTISTA, SP

Karla Cristiane Pinto (CETESB); Maria Tereza Pepe Razzolini (FSP/USP); Elayse Maria Hachich (CETESB); Claudia Condé Lamparelli (CETESB); Maria Cristina Lc Coelho (CETESB)

Resumo

Introdução: O Brasil possui em sua área costeira grandes metrópoles e diversas atividades humanas são desenvolvidas nessas regiões. A população litorânea pode dobrar no verão e a insuficiência dos sistemas de saneamento leva à poluição dos recursos hídricos. A poluição fecal de águas recreacionais pode causar agravos à saúde pela presença de microrganismos patogênicos. Estudos apontam níveis elevados de indicadores de contaminação fecal nas areias e estas podem ser fonte de risco à saúde dos usuários, fato preocupante por este ambiente constituir-se em uma importante área de lazer para adultos e crianças.

 

Materiais e métodos: Para avaliar a qualidade sanitária de praias da Baixada Santista, amostras de água, areia úmida e areia seca das praias Gonzaguinha/São Vicente, Boqueirão/Santos e Pitangueiras/Guarujá, estão sendo coletadas mensalmente em 2009. São avaliados indicadores de contaminação como coliformes termotolerantes, Escherichia coli, enterococos, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans e dermatófitos. As amostras de água são analisadas pela técnica da membrana filtrante e as amostras de areia, pela técnica de tubos múltiplos. Para dermatófitos, as amostras de água são avaliadas pela técnica de membrana filtrante e as amostras de areia são analisadas pela técnica de Spread Plate e pela técnica da isca de cabelo.

 

Discussão dos resultados: Os resultados das amostras coletadas no 1º semestre de 2009 apontaram densidades dos indicadores fecais mais elevadas nos 3 primeiros meses e maiores na areia seca. S. aureus esteve presente em 37% das amostras, P. aeruginosa em 68,5%, ambos com densidades maiores na areia seca e C. albicans em 7,4%, presente somente na água. Até o momento não foram encontrados dermatófitos.

 

Conclusão: Os resultados das amostras de água indicam, pelos níveis elevados de indicadores fecais e menores níveis de S. aureus e P. aeruginosa, que as fontes de esgotos devem ser controladas. Os resultados das amostras de areia apontaram a necessidade de limpeza superficial e permanente destas para evitar a disponibilidade de nutrientes que podem ser usados pelos microorganismos, assim como educação sanitária e ambiental aos usuários das praias.


Palavras-chave:  água do mar, areia de praia, indicadores sanitários, poluição fecal, qualidade sanitária