25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2252-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PCR PARA MYCOPLASMA SYNOVIAE EM POEDEIRAS CAIPIRAS E COMERCIAIS COM DOENÇA RESPIRATÓRIA

Leandro dos Santos Machado (UFF); Elmiro Rosendo do Nascimento (UFF); Rita de Cássia Figueira Silva (UFF); Felipe Faccini dos Santos (UFF); Maria Lúcia Barreto (UFF); Mosar Lemos (UFF); Virginia Léo de Almeida Pereira (UFF); Felipe Grillo Monetrat Toledo (UFF); Ana Claudia Menezes Cruz (UFF)

Resumo

A Indústria avícola tem crescido cerca de 10% ao ano e se torna cada vez mais representativa no agronegócio brasileiro. Os cuidados com a saúde animal têm acompanhado e favorecido essa evolução, entretanto, problemas como aerossaculite, pericardite fibrinosa, pericardite de aderência e pneumonias continuam a provocar grandes prejuízos pelo alto custo de medicações, queda na eficiência alimentar, queda na produção e na qualidade dos ovos e aumento nas taxas de mortalidade. As doenças respiratórias são frequentes em frangos de corte e poedeiras e variam em sua severidade. Normalmente se apresentam no campo como um quadro clínico de etiologia complexa em que vários agentes atuam de forma sinérgica agravando o estado geral das aves. As micoplasmoses em poedeiras causam queda na produção de ovos e tem se destacado nas regiões sul, sudeste e centro-oeste sendo atribuídas principalmente ao Mycoplasma gallisepticum (MG) e Mycoplasma synoviae (MS). O objetivo desse trabalho foi a identificação de MG e MS pela PCR em poedeiras caipiras e comerciais com sinais clínicos respiratórios, conjuntivite e alta mortalidade. Foram investigadas 55 galinhas, sendo que 28 caipiras e 27 comerciais de granjas localizadas no Estado do Rio de Janeiro. A extração de DNA para PCR foi realizada pelo método fenol/clorofórmio e a PCR foi feita nas seguintes condições: 94ºC por 5 minutos, sendo seguido de 35 ciclos de desnaturação a 94ºC/1 minuto, pareamento a 55ºC/1 minuto e extensão a 72ºC/2 minutos, seguindo-se um ciclo final de 72ºC/10 minutos. Utilizaram-se pares de primers específicos para MG (5’CGTGGATATCTTTAGTTCCAGCTGC3’ e 5’GTAGCAAGTTATAATTTCCAGGCAT3’) e para MS (5’GAGAAGCAAAATAGTGATATCA3’ e 5’CAGTCGTCTCCGAAGTTAACAA3’). O aparecimento de amplicons de  207pb caracterizou positividade para MS em 15 aves caipiras e 13 comerciais e nenhuma para MG.  Todas as granjas analisadas estavam livres de MG, o que permitiu concluir que o quadro respiratório estava associado à presença de MS.


Palavras-chave:  aves, micoplasmas, sanidade