25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2242-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

SENSIBILIDADE À TIGECICLINA EM ENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASES DE ESPECTRO ESTENDIDO (ESBL).

Keite da Silva Nogueira (UFPR); Laura Lúcia Cogo (UFPR); Daniele Conte (UFPR); Fernanda V. S. Maia (UFPR); Jussara Kasuko Palmeiro (UFPR); Maristela de Paiva (UFPR); Alessandra Vale Daur (UFPR); Libera Maria Dalla Costa (UFPR)

Resumo

Introdução: A tigeciclina é um novo agente antibacteriano originado da estrutura química da minociclina a partir da adição de uma grande cadeia lateral que define o aparecimento de uma nova classe de antibióticos: a das glicilciclinas, sendo a tigeciclina o primeiro a estar disponibilizado para uso clínico. Seu espectro de ação in vitro é amplo e possui ação sobre os principais patógenos hospitalares. Materiais e Métodos: Foram testadas 333 amostras de Enterobactérias produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) sendo K. pneumoniae (182), K. oxytoca (20), E. coli (43), P.mirabilis (5), E. aerogenes (50), E. cloacae (25), E. gergoviae (4), P. stuarttii (1), S. marcescens (1) e C. freundii (2). O método utilizado para o teste de suscetibilidade foi microdiluição em agar para determinação da Concentração inibitória mínima (CIM), realizado segundo recomendações do Clinical Laboratory Standard Institute (CLSI). Foram utilizados os pontos de corte para enterobactérias sugeridos pelo Food and Drug Administration (FDA), para interpretação, uma vez que os mesmos ainda não foram incluídos no CLSI. Foi calculado a CIM50 e CIM90 para avaliação da potencia e atividade. Discussão dos resultados: Entre as amostras testadas para sensibilidade à tigeciclina uma (0,03%) foi considerada resistente, por apresentar CIM igual a 8 µg/mL. Outras 9 foram consideradas intermediárias (2,4%) com CIM igual a 4 µg/mL e as demais amostras foram sensíveis (96,9%). A CIM50 foi igual a 0,5 µg/mL e a CIM90 igual a 2,0 µg/mL. Esses resultados são semelhantes aos encontrados por outros autores e demonstram a boa atividade e potencia da tigeciclina contra esses microrganismos. Conclusão: A tigeciclina pode ser uma opção no tratamento de infecções causadas por enterobactérias produtoras de ESBL, podendo reduzir o uso de carbapenêmicos e consequentemente a pressão seletiva exercida por eles no ambiente hospitalar.


Palavras-chave:  ESBL, sensibilidade, tigeciclina