INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E OPORTUNISTAS EM PACIENTES INFECTADOS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA, ATENDIDOS EM HOSPITAL DE GRANDE PORTE - RECIFE - PE - 2007.

Flávia Cássia Maria dos Santos (FAINTVISA); Kledoaldo Oliveira de Lima (FAINTVISA)

Introdução - A relevância da AIDS como problema de saúde pública é claramente reconhecida em todo o mundo, estando o curso da doença ditado pela gravidade da deficiência imune do indivíduo e suas complicações resultantes. A infecção pelo HIV pode produzir uma grande variedade de síndromes clínicas, principalmente as infecções oportunistas, além, de uma parcela dos indivíduos com HIV-AIDS, apresentarem maior risco de infecções sexualmente transmissíveis. Objetivos - Avaliar o nível da presença das infecções sexualmente transmissíveis e oportunistas em pacientes com HIV/AIDS atendidos no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco no ano 2007. Metodologia - O estudo constou de um corte transversal com análise retrospectiva dos prontuários de pacientes com HIV/AIDS atendidos no Hospital das Clínicas - UFPE no período de janeiro a dezembro de 2007, sendo analisado um total de 108 pacientes por meio da verificação de seus prontuários médicos a fim de obter as informações sobre o diagnóstico e sintomatologia das infecções supracitadas. Resultados – As principais infecções oportunistas encontradas na população de estudo foram: tuberculose, hepatite C, neurotoxoplasmose e herpes-zoster; dentre as infecções sexualmente transmissíveis verificadas, temos: sífilis, herpes genital e gonorréia como as mais relevantes. Dos 108 pacientes analisados, 65 eram do sexo masculino e 43 do sexo feminino. A tuberculose foi a principal infecção oportunista constatada afetando 23 homens (21,3% dos pacientes do sexo masculino) e 19 mulheres (17,6%); destaca-se também a co-infecção HIV-HCV em 13 homens (12%) e 04 mulheres (3,7%). Com relação às infecções sexualmente transmissíveis, a sífilis teve alta prevalência, afetando 30 homens (27,8%) e 09 mulheres (8,3%), destaca-se também o herpes genital, porém afetando mais as mulheres do que os homens. Foi encontrado um caso de co-infecção HIV-HTLV e dois casos de meningite cripotococócica. Conclusões – Dentro do analisado verificou-se uma grande variedade de infecções oportunistas e sexualmente transmissíveis afetando o grupo estudado, demonstrando a importância nas medidas de vigilância do status imunológico e virológico dos pacientes, assim como a atenção na adoção de medidas profiláticas para infecções oportunistas e medidas de prevenção sexual para as infecções sexualmente transmissíveis.