TESTAGEM SOROLÓGICA PARA HIV EM CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE PAULISTA - PERNAMBUCO, NO PERÍODO DE 2006 A 2009.

Flávia Cássia Maria dos Santos (FAINTVISA); Kledoaldo Oliveira de Lima (FAINTVISA)

Introdução- A convergência das epidemias de tuberculose e HIV é um dos maiores desafios para a saúde pública no mundo. A associação HIV-tuberculose constitui um grave problema de saúde por estar relacionada ao aumento da morbidade e mortalidade causadas pela tuberculose neste grupo de pacientes imunodeprimidos, além disso, a epidemia da AIDS está diretamente relacionada ao aumento do número de casos da tuberculose, principalmente nas regiões onde esta já era endêmica. Objetivos- Determinar a freqüência de positividade sorológica para o HIV em pacientes suspeitos ou confirmados para tuberculose, encaminhados ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) pela Secretaria de Saúde, no município de Paulista – Pernambuco, no período de janeiro de 2006 a maio de 2009. Metodologia- Caracteriza-se por ser um estudo de corte transversal, de caráter descritivo, o qual se constituiu de realizar o diagnóstico sorológico e estimar a prevalência para o HIV nos casos suspeitos ou confirmados de tuberculose no município suprecitado. Resultados- Foi realizado o teste sorológico para o HIV em 166 pacientes no período estudado; a grande maioria desta demanda foi de pacientes do sexo masculino (70,5%), sendo que a principal faixa etária atingida foi a compreendida entre 20-50 anos. Observou-se uma pequena freqüência da associação entre HIV-tuberculose, sendo constatados apenas 07 casos de co-infecção, perfazendo uma freqüência de 4,2%; todos foram detectados em indivíduos do sexo masculino. Conclusões- Foi demonstrada uma pequena taxa de co-infecção entre HIV-tuberculose na população estudada; levando a crer que a contaminação por tuberculose esteja associada a outros fatores sócio-demográficos e de saúde pública. Porém, vale ressaltar a incidência sobre indivíduos do sexo masculino e na faixa etária mais produtiva. Diante disto, percebe-se a necessidade de intensificação na prevenção da doença e promoção à saúde, bem como em aprofundar o conhecimento sobre os fatores relacionados à co-infecção nesta região.