COLIFORMES EM ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO EM ALGUNS MUNICÍPIOS NO ESTADO DO CEARÁ

Maria Iraci Maia Soares (LACEN/CE); Maria Tereza Pinto da Costa (LACEN/CE); Edna Cristina de Oliveira Brito (LACEN/CE); Mirtis Tavares de Oliveira (LACEN/CE); Ana Claúdia Lopes Aguiar (LACEN/CE)

Um Sistema de Abastecimento de Água caracteriza-se pela retirada da água da natureza, adequação de sua qualidade, transporte até os aglomerados humanos e fornecimento à população em quantidade compatível com suas necessidades. O crescimento populacional e o conseqüente aumento das áreas urbanas provocam uma série de problemas ao meio ambiente. Nesse contexto, as águas utilizadas no abastecimento público são os sistemas mais vulneráveis à contaminação. A qualidade da água, em particular a microbiológica, tem grande influência sobre a saúde e, se não for adequada, pode ocasionar surtos de doenças e até mesmo epidemias (OPAS/OMS, 2009). Fatos históricos demonstram que algumas das mais generalizadas epidemias que já infligiram as populações humanas, com exceção da peste bubônica, tiveram sua origem em sistemas de distribuição de água (BRANCO, 1999). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todas as pessoas em quaisquer estágios de desenvolvimento e condições sócio-econômicas têm direito a ter suprimento adequado de água potável e segura (OPAS, 2009). O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade microbiológica da água destinada ao abastecimento em alguns municípios do estado do Ceará no período de janeiro a abril/2009. As análises foram realizadas no Laboratório Central da Saúde Pública do Estado do Ceará – LACEN - Ce, pela técnica do substrato enzimático, Colilert^®, Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 2005, seguindo os parâmetros microbiológicos de potabilidade da Portaria MS nº 518 de 25 de março de 2004. Os resultados revelaram que das 4.131 amostras analisadas, 35,22% apresentaram coliformes totais e 13,07% coliformes termotolerantes. Conclui-se, portanto, que a qualidade da água disponível encontra-se em estado de alerta, uma vez que o percentual significativo das amostras analisadas mostrava-se imprópria para o consumo humano de acordo com a legislação vigente, a qual preconiza ausência de coliformes totais e termotolerantes.