25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2190-1


Área: Fermentação e Biotecnologia ( Divisão J )

DIVERSIDADE E CARACTERIZAÇÃO DE LEVEDURAS ASSOCIADAS A MADEIRA EM DECOMPOSIÇÃO QUANTO A PRODUÇÃO DE CELULASES E FERMENTAÇÃO DE PENTOSES PARA PRODUÇÃO DE BIOETANOL.

Raquel Miranda Cadete (ICB/UFMG); Renata de Olivera Santos (ICB/UFMG); Monaliza de Araújo Melo (ICB/UFMG); Elsiene Maria Garbocci Wanderley (ICB/UFMG); Boris Juan Carlos Ugarte Stambuk (UFSC); Fátima de Cássia Oliveira Gomes (CEFET/MG); Carlos Augusto Rosa (ICB/UFMG)

Resumo

Palavras-chave: bioetanol, pentoses, biomassa; biocombustível, bioetanol, fermentação INTRODUÇÃO Biocombustíveis tais como o bioetanol vem ganhando a aceitação mundial por não apresentarem problemas associados com a exploração e o esgotamento dos combustíveis fósseis e a poluição ambiental. Dessa forma, a produção de etanol utilizando-se substratos prontamente disponíveis como lignocelulose e (ou) hemicelulose e o estudo de microrganismos que possam converter esses substratos a etanol são de grande utilidade. Os açúcares derivados de hidrolisados de biomassa compõem uma mistura de hexoses e pentoses.. Dentro do contexto apresentado, para a produção economicamente viável de bioetanol a partir da biomassa lignocelulósica, são necessárias pesquisas para a descoberta, descrição e caracterização de leveduras capazes de fermentar pentoses, que apresentem boa produtividade e rendimento na produção do etanol, e de leveduras produtoras de celulases, visando o emprego de tais microrganismos na produção desse biocombustível. MATERIAL E MÉTODOS As leveduras foram isoladas a partir de madeira em decomposição. Cada amostra de madeira coletada foi adicionada a frascos contendo os meios carboximetilcelulose, xilana, D-xilose ou L-arabinose como única fonte de carbono. Dos frascos que apresentaram crescimento positivo, uma alçada foi semeada em placas de Petri contendo o meio de cultura utilizado anteriormente acrescido de 2% de ágar. As placas foram incubada até a observação do crescimento de colônias. Para a seleção das leveduras fermentadoras de D-xilose ou L-arabinose, essas foram inoculadas em tubos contendo o meio de fermentação com tubo de Durham em seu interior. Os tubos considerados positivos para a fermentação desses açúcares foram aqueles que apresentaram formação de gás no interior do tubo de Durham. A constatação da atividade da enzima carboximetilcelulase foi avaliada qualitativamente em meio sólido com substrato específico a temperatura de 25ºC. RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir de cada meio de cultura utilizado, foram obtidos 129 isolados a partir de L-arabinose, 96 isolados a partir de D-xilose, 187 isolados a partir de xilana e 136 isolados a partir de carboximetilcelulose. Um total de 283 isolados foi testado para a fermentação de D-xilose, compreendendo todas as leveduras obtidas a partir dos meios com xilana e D-xilose em todas as coletas. Desse total, 20 leveduras foram consideradas positivas para o teste realizado. Para o teste de fermentação de L-arabinose, de um total de 77 leveduras testadas até o momento, nenhuma foi considerada positiva. O número total de isolados obtidos a partir do meio carboximetilcelulose foi testado quanto à produção da enzima carboximetilcelulase, sendo que 24 isolados foram capazes de produzir halo de degradação detectável no substrato. CONCLUSÕES Os resultados encontrados são promissores para o emprego de leveduras provenientes de biomassa vegetal no uso alternativo da produção de bioetanol.


Palavras-chave:  Biocombustível, Bioetanol, Biomassa, Fermentação, Pentoses