25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2169-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE ISOLADOS EQUINOS DE STREPTOCOCCUS EQUI

Jackeline Karsten Kirinus (UFSM); Agueda Palmira Castagna de Vargas (UFSM); Fernando Leivas Leite (UFSM); Letícia Trevisan Gressler (UFSM); Carlos Eugênio Sotto Vidal (UFSM)

Resumo

As enfermidades respiratórias causadas por Streptococcus equi subespécie equi (S. equi equi) e S. equi subespécie zooepidemicus (S. equi zooepidemicus) são altamente infecciosas e comuns entre os eqüídeos. A partir do diagnóstico, a conduta terapêutica inclui o uso de antimicrobianos. Neste trabalho, 30 isolados clínicos de eqüinos com doença respiratória (10 de S. equi equi e 20 de S. equi zooepidemicus) foram utilizados com o objetivo de avaliar a suscetibilidade antimicrobiana in vitro através do teste Kirby-Bauer modificado e determinar o índice de resistência múltipla aos antimicrobianos (IRMA). Foram testados os seguintes antimicrobianos pertencentes às classes: beta-lactâmicos - ampicilina (10 μg), amoxicilina (10 μg), cefalexina (30 μg), cefalotina (30 μg), imipenem (10 μg), oxacilina (1 μg) e penicilina (10 UI); aminoglicosídeos - amicacina (30 μg), estreptomicina (10 μg), gentamicina (10 μg) e neomicina (30 μg); tetraciclinas - tetraciclina (30 μg); propanodiol - cloranfenicol (30μg); macrolídeos - azitromicina (15 μg) e eritromicina (15 μg); lincosamidas – lincomicina (2 μg); rifamicinas - rifampicina (5 μg); fluoroquinolonas – enrofloxacina (5μg); sulfonamidas – sulfazotrim (25 μg); polimixinas – polimixina B (300 UI). O IRMA dos isolados de Streptococcus spp. variou de 0 a 0,4. Dez (33,3%) dos 30 isolados foram sensíveis a todos os 20 antimicrobianos testados. Dos 20 isolados resistentes, seis (30%) demonstrando IRMA acima de 0,2, constituindo fonte potencial de transmissão de genes de resistência. A maior multirresistência ocorreu em isolados de S. equi equi, do que em S. equi zooepidemicus, o IRMA médio foi de 0,15 e 0,10, respectivamente. Entre as dez classes de antimicrobianos testados, ocorreu maior resistência no grupo dos aminoglicosídeos (50% dos isolados, 12 S. equi equi e três S. equi zooepidemicus). Em contraste, apesar das declarações dos médicos veterinários clínicos de que ocorrem falhas nos tratamentos de adenite equina quando usam penicilina, droga de eleição, nenhum dos isolados de S. equi equi foi resistente. Entretanto, o uso de aminoglicosídeos está limitado pela ocorrência de isolados resistentes. Alerta-se para a utilização de antimicrobianos de forma prudente com fim de prevenir a manifestação da resistência bacteriana.


Palavras-chave:  antimicrobianos, enfermidades respiratórias, equinos, IRMA, Streptococcus equi