25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2164-1


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE REFRESCOS COMERCIALIZADOS EM ESTABELECIMENTOS DE BELO HORIZONTE, MG

Fernanda Barbosa Piló (UFMG); Natália Oliveira Pereira (UFMG); Larissa Falabella Daher de Freitas (UFMG); Lindiane Lopes Ferreira (UFMG); Fátima de Cássia Oliveira Gomes (CEFET-MG); Regina Maria Drummond Nardi (UFMG); Carlos Augusto Rosa (UFMG)

Resumo

Atualmente tem-se verificado que praticamente todo estabelecimento comercial faz uso de refresqueira, seja pela praticidade, seja pela economia de tempo no preparo de sucos. A presença de altas concentrações de açúcares nos refrescos e as falhas com relação às boas práticas de fabricação (BPF) no estabelecimento são fatores que contribuem para o desenvolvimento de microrganismos na bebida. No entanto, poucos são os trabalhos que avaliaram as condições microbiológicas de refrescos comercializados em refresqueiras. O objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade higiênica e sanitária de refrescos de laranja, caju e uva comercializados em estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte – MG, por meio da quantificação de coliformes totais, coliformes termotolerantes, microrganismos aeróbios mesófilos e leveduras nos mesmos. Sessenta amostras de refrescos foram coletadas em estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte, como lanchonetes, padarias e restaurantes. Para a quantificação de coliformes totais e termotolerantes, empregou-se a técnica do Número Mais Provável (NMP), utilizando-se uma série de cinco tubos. A quantificação de microrganismos aeróbios mesófilos foi realizada em Ágar Padrão para Contagem (Plate Couting Agar, PCA) e a quantificação de leveduras em Ágar Extrato de Malte - Extrato de levedura (extrato de malte 0,3%, extrato de levedura 0,3%, peptona 0,5%, glicose 1%, ágar 2%, cloranfenicol 0,02%). Das sessenta amostras de refrescos analisadas, 33 apresentaram coliformes totais e 27 tiveram coliformes termotolerantes, estando assim em desacordo com a legislação brasileira. Esta legislação contempla a ausência de coliformes a 35ºC (coliformes totais) em refrescos prontos para o consumo por 50 mL de amostra indicativa. Todas as amostras analisadas apresentaram contagens de aeróbios mesófilos, sendo que vinte e sete amostras tiveram contagens superiores a 104 UFC/mL. Em relação às leveduras, essas foram encontradas em 57 das sessenta amostras, das quais vinte e duas apresentaram contagens superiores a 105 UFC/mL. As contagens elevadas de leveduras e aeróbios mesófilos e a presença de coliformes termotolerantes indicam contaminação microbiológica dessas bebidas e levantam a necessidade do estabelecimento de padrões microbiológicos mais rigorosos, garantindo assim, um produto de melhor qualidade.


Palavras-chave:  refrescos, qualidade, avaliação microbiológica