SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA “IN VITRO” DE AMOSTRAS DE STAPHYLOCOCCUS SPP DE ORIGEM ANIMAL

Juliana Fortes Vilarinho Braga (UFPI); Francisco das Chagas Cardoso Filho (UFPI); Márcio Leonardo de Moraes Nobre (UFPI); Yatta Linhares Boakari (UFPI); Carlos Zarden Feitosa Oliveira (UFPI)

O gênero Staphylococcus compreende várias espécies de interesse clínico, humano e veterinário, responsáveis por diversas infecções. Para adoção de um tratamento efetivo faz-se necessário, entretanto, a identificação do agente, além da realização de antibiograma. Diante disso, objetivou-se identificar o perfil de sensibilidade antimicrobiana “in vitro” aos grupos de antibióticos comumente utilizados na clínica veterinária. Analisou-se 45 isolados de Staphylococcus spp de materiais variados, procedentes de animais de diferentes espécies encaminhados ao Laboratório de Microbiologia Veterinária do Centro de Ciência Agrárias da Universidade Federal do Piauí, no período de 2007 a 2009. Os testes de sensibilidade foram conduzidos pelo método de difusão em discos segundo critérios recomendados pelo National Commite for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Testou-se antibióticos betalactâmicos (Ampicilina, Cefalexina, Cefaclor, Cefalotina, Ceftriaxona, Cefotaxima, Imipenem, Oxaciclina, Penicilina e Ceftazidima), aminoglicosídeos (Gentamicina, Netilmicina e Tobramicina), macrolídeos (Claritromicina, Eritromicina e Azitromicina), sulfonamidas (Sulfonilamida e Sulfametoxazol/trimetoprim), quinolonas (Ciprofloxacina, Norfloxacina e Ofloxacina) e tetraciclinas (Tetraciclina e Doxiciclina), além de Cloranfenicol, Nitrofurantoína e Vancomicina. A sensibilidade média (SM) aos betalactâmicos foi de 90,4%, com ênfase para Imipenem e Cefotaxima com, respectivamente, 100% (30/30) e 88,9% (8/9) se sensibilidade, enquanto Penicilina e Ceftazidima revelaram, apenas, 11,9% (5/42) e 40,0% (4/10). Dos aminoglicosídeos, destacou-se a Netilmicina com sensibilidade de 90,0% (9/10), enquanto a SM do grupo foi 60,1%. A SM dos macrolídeos foi 55,8%, porém, Claritromicina revelou 66,7% (12/18) de sensibilidade. No grupo das sulfonamidas, a SM foi 23,4%, enquanto nas quinolonas foi de 77,9%, sem grandes contrastes dentro de ambos os grupos. Entre as tetraciclinas, cuja SM foi 57,0%, a sensibilidade foi maior à doxiciclina, 70,0% (7/10). Os isolados testados apresentaram, ainda, 84,2% (16/19) de sensibilidade ao Cloranfenicol, 66,7% (8/12) à Nitrofurantoína e 78,3% (18/23) à Vancomicina. Concluiu-se que os Staphylococcus spp avaliados foram mais sensíveis aos betalactâmicos.