ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DOS EXTRATOS DE PENICILLIUM CORYLOPHILUM

Danielly Corrêa Moreira de Sequeira (FIOCRUZ); Jacqueline Santos Cruz (IME); William Oliveira Lima (FIOCRUZ); Celma Pereira da Silva de Carvalho (FIOCRUZ); Gisela Lara da Costa (FIOCRUZ)

Penicillium é considerado um gênero universal de fungos, encontrado em todo planeta. A maioria das espécies é saprófita e comumente ou ocasionalmente encontradas no solo, vegetais, insetos, sementes e grãos. Há mais de 20 anos tem se estudado a taxonomia e classificação das espécies deste gênero com base em dados morfológicos e químicos. Fungos do gênero Penicillium pertencem à família Trichocomaceae e ao filo Ascomicota. São reconhecidos como uma rica fonte de metabólitos biologicamente ativos com aplicações diversas como: agroquímicos, antibióticos, antiparasíticos, imunossupressores, e agentes reguladores do colesterol. Os objetivos deste trabalho foram de estudar a composição química e avaliar a atividade antibacteriana in vitro de extratos brutos produzidos por diferentes isolados de Penicillium corylophilum triatomíneos, fermentadas em diversos meios de cultura, incubadas sob diferentes condições de motilidade e extraídas com os solventes: Diclorometano, Acetato de Etila e Clorofórmio, a partir dos quais foram obtidos diversos extratos orgânicos, que foram avaliados pela técnica da cromatografia em camada delgada (Eluente: CHCl₃:MeOH 5%, Revelador: Godin). Avaliou-se a atividade antibacteriana através do ensaio Microdiluição em Caldo para determinação da Concentração Inibitória Mínima. De acordo com análise dos perfis cromatográficos, em todos os extratos observou-se a presença de terpenos e flavonóides, e apenas um deles apresentou composto fenólico. Nos bioensaios realizados com bactérias, observou-se que os extratos fermentados em Extrato de Malte, agitado, das cepas J06, J09 e J18 foram os que apresentaram maior atividade antibacteriana, tanto para os bacilos e cocos Gram-Positivos (B. cereus, B.subtilis e S. aureus), quanto para os Gram-Negativos (E. faecalis e K. pneumoniae), com concentração inibitória mínima de 62,5 ug.mL-1. Cabe ressaltar que o extrato nº. 4 (J09 agitado E. Malte CHCl₃) foi o que demonstrou, em todas as etapas do desenvolvimento deste trabalho, capacidade de inibir a atividade da enterobactéria Klebisiella pneumoniae na concentração de 125 ug.mL^-1.