25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2097-1


Área: Micobacteriologa ( Divisão C )

ATIVIDADE ANTIMICOBACTERIANA DE LIGNANAS EXTRAÍDAS DA PIPER CUBEBA E DERIVADOS OBTIDOS POR SEMI-SÍNTESES

Rosangela Silva (UNIFRAN); João Henrique Carvalho Batista (UNIFRAN); Thais Bianco (UNIFRAN); Marcio Luis Andrade E Silva (UNIFRAN); Carlos Henrique Martins (UNIFRAN)

Resumo

Lignanas representam um grupo de produtos naturais que despertam muito interesse devido às propriedades biológicas que apresentam. Desta forma, neste trabalho é proposto um estudo sobre a atividade antimicobacterial de lignanas extraídas da Piper cubeba e alguns derivados semi-sintéticos sobre 3 cepas de micobacterium. Como as lignanas apresentam uma grande variedade de esqueletos químicos diferentes o estudo visa apontar inicialmente qual seria o melhor esqueleto químico, dentre esses compostos, a ser utilizado num estudo mais aprofundado com uma quantidade maior de compostos obtidos por modificação estrutural de lignanas naturais. Cubebina (1), hinoquinina (2), diidrocubebina (3) e hemiarensin (4) foram extraídos das sementes de Piper cubeba, dehidroxicubebina (5) foi obtida a partir da diidrocubebina após tratamento com TsCl/Py, a acetilação de 4 forneceu 6. Os compostos 7 e 8 foram obtidos por metilação de (3). Os compostos avaliados possuem os seguintes esqueletos químicos: (1) dibenzilbutirolactólico, (2) dibenzilbutirolactônico, (5) dibenzilfurano  e 3, 4, 6-8 dibenzilbutanodiol. Para determinar a atividade antimicobacterial dos compostos 1-8 foi medida a concentração inibitória minima (CIM) das amostras testadas necessárias para inibir 90% do crescimento de M. tuberculosis, M. Avium e M. Kansasii. A CIM foi determinada usando a técnica Resazurin Microplate Assay (REMA). Os resultados mostraram que apenas para M. kansasii não houve atividade. Foram ativos para M. tuberculosis 2  e  8 com CIM 62.5 µg/ml, 3, 4  e  6 com CIM 125 µg/mL. Para o M. avium foram ativos 4 e 8 com CIM de 62.5 e 125 µg/mL, respectivamente. Os compostos 4, 6 e 8, derivados da diidrocubebina, que apresenta o esqueleto dibenzilbutanodiol, foram os mais ativos. Desta forma, com base nos resultados conclui-se que  o esqueleto dibenzilbutanodiol como o da diidrocubebina (3) é o indicado na escolha das lignanas para um estudo mais profundo com um número maior de compostos frente às diferentes cepas do micobacterium.

Agradecimentos: FAPESP, CAPES, Universidade de Franca


Palavras-chave:  dihidrocubebina, lignanas, micobacterium