25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2096-1


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA EM PLANTA DE FEIJOEIRO INFECTADA POR SCLEROTINIA SCLEROTIORUM

Ana Paula Marçal Inocêncio (UFG); Marília Barros Oliveira (UFG); Elvira Maria dos Santos (UFG); Lucas Breseghelo do Nascimento (UFG); Elda Bueno Alves (UFG); Deyze Alencar Soares (UFG); Murillo Lobo Junior (Embrapa); Silvana Petrofeza da Silva (UFG)

Resumo

Sclerotinia sclerotiorum é um fungo de solo, causador de uma doença conhecida como mofo branco, que pode permanecer no solo durante anos em latência, e germinar em condições ambientais favoráveis. Este fungo ataca culturas economicamente muito importantes em todo mundo, e por isso a relevância de se produzir uma cultura de feijão resistente a essa doença. Durante o processo de infecção na planta hospedeira, fatores de virulência são liberados pelo fungo e compostos de defesa pelo hospedeiro. Ao induzir resistência em uma planta hospedeira estimula-se a síntese de compostos de defesa conferida por genes presentes no genótipo do hospedeiro, que tanto pode ser expressa de forma localizada ou de forma sistêmica (RSA). Neste trabalho utilizamos o ácido salicílico em diferentes concentrações para induzir resistência em feijoeiro e, posteriormente analisamos a atividade enzimática de β-1,3-glucanases, β-1,4 quitinases e peroxidases. Para a inoculação das plantas, o fungo foi crescido em placas contendo meio BDA por 5 dias, e posteriormente foram retirados plugs de 3 mm de espessura. A análise da atividade enzimática foi realizada com amostras das plantas infectadas nos períodos de 24, 48 e 72h após inoculação do fungo. A indução da atividade enzimática apresentou variação significativa dentre as diferentes concentrações do ácido salicílico e os períodos de infecção com o fungo. A atividade de β-1,3-glucanase apresentou maior atividade com 48h após o inóculo na concentração de 100 μM do ácido salicílico.  A atividade de β-1,4-quitinase apresentou-se maior com 48h após a inoculação com todas as diferentes concentrações testadas. Em relação à atividade enzimática das peroxidases não foi significativa se comparada à planta controle.  Como estas enzimas estão relacionadas à defesa da planta contra fungos, através deste trabalho pudemos observar que o ácido salicílico induz resposta em plantas infectadas com o fungo Sclerotinia sclerotiorum.


Palavras-chave:  Ácido salicílico, Beta 1,3 glucanase, Beta 1,4 quitinase, Indução de resistência, Peroxidases