Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I ) INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA EM PLANTA DE FEIJOEIRO INFECTADA POR SCLEROTINIA SCLEROTIORUM
Ana Paula Marçal Inocêncio (UFG); Marília Barros Oliveira (UFG); Elvira Maria dos Santos (UFG); Lucas Breseghelo do Nascimento (UFG); Elda Bueno Alves (UFG); Deyze Alencar Soares (UFG); Murillo Lobo Junior (Embrapa); Silvana Petrofeza da Silva (UFG)
ResumoSclerotinia sclerotiorum é um fungo de solo, causador de uma doença conhecida como mofo branco,
que pode permanecer no solo durante anos em latência, e germinar em condições
ambientais favoráveis. Este fungo ataca culturas economicamente muito
importantes em todo mundo, e por isso a relevância de se produzir uma cultura
de feijão resistente a essa doença.
Durante o processo de infecção na planta hospedeira, fatores de virulência são
liberados pelo fungo e compostos de defesa pelo hospedeiro. Ao induzir resistência em uma planta hospedeira
estimula-se a síntese de compostos de defesa conferida por genes presentes no
genótipo do hospedeiro, que tanto pode ser expressa de forma localizada ou de
forma sistêmica (RSA).
Neste trabalho utilizamos o ácido salicílico em diferentes concentrações para
induzir resistência em feijoeiro e, posteriormente analisamos a atividade
enzimática de β-1,3-glucanases, β-1,4 quitinases e
peroxidases. Para a inoculação das
plantas, o fungo foi crescido em placas contendo meio BDA por 5 dias, e
posteriormente foram retirados plugs de 3 mm de espessura. A análise da
atividade enzimática foi realizada com amostras das plantas infectadas nos
períodos de 24, 48 e 72h após inoculação do fungo. A indução da atividade
enzimática apresentou variação significativa dentre as diferentes concentrações
do ácido salicílico e os períodos de infecção com o fungo. A atividade de
β-1,3-glucanase apresentou maior atividade com 48h após o inóculo na
concentração de 100 μM do ácido salicílico.
A atividade de β-1,4-quitinase apresentou-se maior com 48h após a
inoculação com todas as diferentes concentrações testadas. Em relação à
atividade enzimática das peroxidases não foi significativa se comparada à
planta controle. Como estas enzimas
estão relacionadas à defesa da planta contra fungos, através deste trabalho
pudemos observar que o ácido salicílico induz resposta em plantas infectadas
com o fungo Sclerotinia sclerotiorum.
Palavras-chave: Ácido salicílico, Beta 1,3 glucanase, Beta 1,4 quitinase, Indução de resistência, Peroxidases |