25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2089-1


Área: Virologia ( Divisão P )

MONITORAMENTO DA CIRCULAÇÃO DOS ROTAVIRUS A EM CRIANÇAS, APÓS A INTRODUÇÃO DA VACINA ORAL HUMANA PARA ROTAVÍRUS, EM GOIÂNIA, GOIÁS

Ana Maria Tavares Borges (IPTSP/UFG); Menira Dias E Souza (IPTSP/UFG); Fabíola Sousa Fiaccadori (IPTSP/UFG); Divina das Dôres Paula Cardoso (IPTSP/UFG)

Resumo

Introdução:As infecções diarreicas ainda são causa de grande morbidade e mortalidade infantil. Os Rotavírus A (RVA) são os principais agentes etiológicos de diarréia aguda infantil, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade, o que se apresenta como um grave problema de saúde pública mundial. As características na epidemiologia destes vírus diferem entre as infecções que ocorrem em crianças de países desenvolvidos e de países em desenvolvimento o que pode refletir na eficácia da vacina em diferentes partes do mundo. A vacina contra rotavírus foi introduzida no Brasil, no calendário nacional de imunização, em março de 2006. Para avaliar a eficácia desta vacina, o presente estudo realizou o monitoramento dos genótipos de RVA circulantes na cidade de Goiânia, Goiás, em crianças previamente vacinadas ou não com uma ou mais doses da vacina oral humana para rotavírus (VOHR), a RotarixÔ. Material e métodos: De fevereiro a novembro de 2008, foram coletadas 220 amostras de crianças vacinadas e não vacinadas com VOHR, em oito diferentes Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Goiânia, Goiás. As amostras fecais foram triadas para rotavírus por duas metodologias: teste Imunocromatográfico e Ensaio Imunoenzimático. A detecção molecular e genotipagem G e P das amostras de RVA foi realizada através de RT-PCR, seguida de Multiplex Nested-PCR. Resultados e discussão: Do total de amostras coletadas, oito foram positivas para rotavírus, sendo cinco amostras provenientes de crianças vacinadas e três de não-vacinadas. Das oito amostras positivas, quatro puderam ser genotipadas e o genótipo identificado foi o G2P[4]. Todas as amostras positivas foram coletadas de crianças com diarréia durante os meses de agosto e setembro. Conclusão: As amostras positivas para RVA apresentaram o mesmo genótipo, o que sugere que este foi o genótipo predominantemente circulante em nossa região no período analisado. O fato de crianças vacinadas também apresentarem infecção por rotavírus, indica que estas crianças não estão protegidas contra o genótipo G2[P4] dos RVA.

Órgão financiador: CNPq


Palavras-chave:  MONITORAMENTO, ROTAVIRUS, VOHR