CAPACIDADE DE MIGRAÇÃO DE LINFÓCITOS B-1 APÓS INFECÇÃO INTRAPERITONEAL COM LEVEDURAS DE PARACOCCIDIOIDES BRASILIENSIS

Vanessa Rosa Noal (USP); Suelen Silvana dos Santos (USP); Sandro Rogério de Almeida (USP)

 A parcoccidioidomicose (PCM) é uma micose profunda, granulomatosa, endêmica na América Latina. O seu agente etiológico é o Paracoccidioides brasiliensis (P.b), um fungo dimórfico térmico. Os linfócitos B-1 representam um grupo de células B com diferentes origens, marcadores de superfície, propriedades funcionais e distribuição anatômica. Estes linfócitos são encontrados principalmente na cavidade peritoneal, pleural, baço e linfonodos.  Estes linfócitos são caracterizados pela expressão de IgM, CD19 e CD11b. O principal objetivo deste trabalho foi analisar a capacidade migratória dos linfócitos B-1 da cavidade peritoneal após estímulo com leveduras de Paracoccidioides brasiliensis. Primeiramente, os camundongos BALB/c foram infectados intraperitonealmente com leveduras do P.b e após um período de 5 horas foi observada uma grande diminuição dos linfócitos B-1 na cavidade peritoneal. Para melhor compreendermos a migração dos linfócitos B-1, foram utilizados camundongos deficientes dessas células (CBA/Xid). Após a reconstituição do peritônio destes camundongos deficientes com linfócitos B-1 e infectados intraperitonealmente com leveduras do Paracoccidioides brasiliensis, as células do baço foram analisadas. Os resultados mostraram que os linfócitos B-1 peritoneais após infecção com leveduras de Paracoccidioides brasiliensis migraram para o baço. Além disso, foi observado um aumento no número de células T regulatórias neste órgão.