25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2072-1


Área: Microbiologia Geral ( Divisão H )

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL E TEOR DE ASTAXANTINA PRESENTE EM BIOMASSA PRODUZIDA A PARTIR DA MICROALGA HAEMATOCOCCUS PLUVIALIS.

Moira Nunes (UNESP - FCAV); Lúcia Helena Sipaúba-tavares (UNESP - FCAV)

Resumo

Os carotenóides, pigmentos secundários naturais biossintetizados por organismos primários tais como algas, leveduras, fungos, bactérias e plantas superiores, possuem diversas funçõesvitais nos organismos de quem os produzem e de quem os ingerem. Dentre os principais podemos citar a astaxantina, que recentemente tem recebido especial importância devido ao alto potencial antioxidante, imuno-estimulante, além de conferir a cor avermelhada tão almejada na indústria alimentícia. Atualmente, a microalga Haematococcus pluvialis tem sido citada como a principal fonte produtora deste carotenóide, apresentando alta viabilidade quando avaliada como um produto natural a ser produzido em escala comercial. Adicionalmente, o desenvolvimento de estratégias biotecnológicas para obtenção da astaxantina contitui importante fator de agregação nutricional, que vai de encontro a tendência mundial de exclusão de componentes sintéticos da cadeia alimentar. O objetivo deste trabalho foi avaliar a porcentagem de proteínas totais, carboidratos totais, lipídeos totais e teor de astaxantina em aplanósporos da microalga Haematococcus pluvialis, cultivada no Laboratório de Produção de Plâncton de CAUNESP, segundo metodologia desenvolvida. A microalga foi cultivada em erlenmeyers de vidro transparente de 2L, com aeração constante, temperatura 20-22°C, meio de cultura WC, iluminação contínua com lâmpadas fluorescentes com intensidade de 20-27 uE.cm-2.s-1. As culturas foram induzidas a produção de astaxantina ao atingirem a máxima densidade celular (13,2 x 104 céls/ml), sendo estressadas com relação à limitação de nitrogênio. A produtividade final média de aplanósporos foi de 2,62 g/L. As determinações das composições foram realizadas na biomassa (aplanósporos) liofilizada, sendo que as células foram previamente rompidas com ultra-som. Os resultados obtido foram de 20,7% de proteínas totais, 51,9% de carboidratos totais, 25,8% de lipídeos totais e 1,2% de astaxantina. Este estudo demonstrou a viabilidade de produção de biomassa de aplanósporos da microalga Haematococcus pluvialis, contendo bom valor nutricional e teor de astaxantina superior a outras fontes naturais estudadas por diversos autores. Suporte financeiro: FAPESP.


Palavras-chave:  astaxantina, carotenóide, composição bioquímica, Haematococcus pluvialis, microalga