25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2044-2


Área: Microbiologia Geral ( Divisão H )

ANÁLISE DE COLIFORMES EM ÀGUAS DE POÇOS E NASCENTES UTILIZADAS PARA CONSUMO HUMANO EM BAIRROS DE MUNICÍPIOS DO LESTE FLUMINENSE 

Thays Gonçalves (UERJ); Clariana Souza (UERJ); Fábio Araujo (UERJ)

Resumo

 

Vários dos municípios localizados no leste fluminense (São Gonçalo, Niterói, Magé, Maricá, Itaboraí e Tanguá), apresentaram crescimento desordenado, gerando com isto, problemas de infra-estrutura. Algumas regiões destes municípios enfrentam o problema da falta de abastecimento de água tratada, o que faz com que muitos moradores busquem fonte de água alternativa, como poços e nascentes. Como a falta de tratamento de esgoto e muitas vezes de uma rede coletora de esgoto nestes locais é uma realidade, a contaminação destas águas torna-se um grave problema. Assim, este trabalho teve como objetivo, analisar a contaminação de poços e nascentes que são utilizados para consumo humano, determinando os níveis de coliformes totais e termotolerantes e classificando essas águas de acordo com os padrões de qualidade citados pela Resolução CONAMA 274, de 29 de novembro de 2000, e Portaria n° 518 do Ministério da Saúde, 25 de março de 2004. Para realização das análises foram efetuadas coletas únicas em poços e nascentes de três bairros do município de São Gonçalo: Boaçú, Engenho Pequeno e Jardim Catarina, e em Itaipuaçú, município e Maricá, totalizando 50 amostras de água. As amostras foram coletadas em sacos estéreis e armazenadas em isopor com gelo, transportadas ao laboratório para análise de coliformes totais e termotolerantes pelo método padrão dos tubos múltiplos. A presença de coliformes totais foi detectada em praticamente todas as amostras analisadas. Apenas em três amostras não foram detectados coliformes totais. Em dezessete amostras não foram encontrados coliformes termotolerantes. De acordo com a Resolução CONAMA 274, de 29 de novembro de 2000 as águas estudadas, com exceção de um poço no Boaçu e dois no Jardim Catarina, podem ser classificadas como excelentes, quando destinadas à balneabilidade. De acordo com a Portaria 518 do Ministério da Saúde, dezessete amostras são classificadas como água potável; as outras são classificadas como impróprias para o consumo humano. Baseado nos valores microbiológicos encontrados sugere-se que um tratamento de desinfecção simples possa ser suficiente para eliminar essas bactérias.

 

 

Apoio: FAPERJ


Palavras-chave:  Águas subterrâneas, Àguas superficiais, Balneabilidade, Coliformes, Leste Fluminense