25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2035-1


Área: Microbiologia de Alimentos ( Divisão K )

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DE ALFACES (LACTUCA SATIVA) COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA, SANTA CATARINA

Ivonete dos Santos (UNESC); Geovana Dagostim Savi (UNESC); Lutiana Roque Simões (UNESC); Guilherme dos Santos de Lucca (UNESC); Cintia Silvestre (UNESC); Paulo Roberto Barbosa (UNESC); Marcos Back (UNESC); Tatiana Barichello (UNESC)

Resumo

Introdução: O consumo de hortaliças é essencial para a saúde por ser uma importante fonte de minerais na alimentação humana, entretanto o consumo de hortaliças folhosas como a alface, quando consumidas cruas e/ou mal lavadas se destacam como um dos veículos de contaminação mais significativos, por apresentarem folhas imbricadas e de superfície irregular, que oferecem maiores condições para retenção e sobrevivência dos microorganismos que possam estar presentes. Objetivo: Verificar os parâmetros de contaminação microbiológica e parasitológica em alface (Lactuca sativa) comercializada no município de Criciúma, Santa Catarina. Materiais e Métodos: Foram adquiridos 106 pés de alfaces comercializados em supermercados (n=53) e feiras (n=53), escolhidos aleatoriamente. Foi aplicado o método de plaqueamento em profundidade para a contagem padrão de microorganismos e a técnica de tubos múltiplos para verificar o número mais provável (NMP) de coliformes totais e termotolerantes presentes nas amostras. Para a análise parasitológica foi realizado o método de Hoffman e com o sedimento deste, o método de Ritchie para verificar a presença de cistos, ovos e larvas nas amostras. Resultados: Na análise microbiológica, todas as amostras obtidas no supermercado revelaram concentrações elevadas de coliformes termotolerantes em 69% das amostras, sendo a média de 1,6x106 ± 6x105 UFC/mL na contagem padrão em placa, semelhante à média obtida na feira de 1,4x106 ± 5,4x105 UFC/mL. Todas as amostras da feira apresentaram coliformes termotolerantes negativos. Na análise parasitológica, o parasito mais encontrado foi o Strongyloides stercoralis, tanto nas amostras do supermercado (91,1%) quanto da feira (77,1%). Em 8,9% restantes das amostras do supermercado foram encontrados Entamoeba coli (5,3%), Endolimax nana (3,4%) e Giardia lamblia (0,2%). Em 22,9% restantes das amostras da feira foram encontrados Entamoeba coli (11,5%), Endolimax nana (10,4%) e Ascaris lumbricoides (1%). Conclusão: Considerando a elevada freqüência de contaminação principalmente por coliformes termotolerantes nos pés de alface obtidos do supermercado e de parasitas encontrados na maioria das amostras, sugerimos a necessidade de uma vigilância mais atuante com a fiscalização desta hortaliça folhosa. Assim como, o controle na adubagem e plantio, no armazenamento e higienização para o consumo.


Palavras-chave:  alface, contaminação, microbiológica, parasitológica