ETIOLOGIA E SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO EM PACIENTES AMBULATORIAIS

Juliana Godinho Corrêa (HMD); Marta Maria Caldeira Cabral (HMD); Cleusa Maria Vieira Miguel (HMD)

As infecções do trato  urinário  (ITU’s)  são  causas  freqüentes de manifestações na população,  tendo maior ocorrência no sexo feminino e a maioria dos tratamentos inicia-se ou é realizado de maneira empírica dessa forma o conhecimento epidemiológico e a susceptibilidade antimicrobiana são informações necessárias para iniciar um tratamento adequado. O objetivo desse trabalho foi determinar os agentes etiológicos mais comuns nas ITU´s e comparar o seu padrão de susceptibilidade aos antimicrobianos, para o mesmo agente etiológico. Foram analisados de maneira retrospectiva os resultados de uroculturas de pacientes ambulatoriais de um hospital particular de Belo Horizonte, atendidos no período de setembro de 2008 a fevereiro de 2009 no qual o resultado deveria apresentar crescimento para espécie bacteriana > 100.000 UFC/mL. Pacientes do sexo feminino foram responsáveis por 79,9% das amostras com crescimento. Dentre as 1228 uroculturas analisadas as Enterobacteriacae foram isoladas em 1086 amostra sendo a Escherichia coli o microrganismo com maior prevalência (75,5%). O segundo microrganismo mais isolado foi o Staphylococcus saprophyticus (7,5%), o que difere de outros estudos que apontam outra Enterobactérias como segundo agente de ITU´s . A ampicilina apresentou elevada tava de resistência na qual 78% dos microrganismos isolados apresentaram resistência, isso se deve ao fato de alguns microrganismos com resistência intrínseca entre esses a Klebsiella pneumoniae presente em 63 amostras. Com relação as fluorquinolonas, fármacos mais utilizados para o tratamento das ITU´s, apresentam-se bastante sensível Ciprofloxacina e Norfloxacina com taxa de sensibilidade em 92% dos isolados. Estudos periódicos, dessa maneira, permitem dispor de dados necessários para o conhecimento dos diferentes agentes etiológicos mais importantes nas ITU e disponibilizar a informação sobre os seus padrões de resistência o que possibilitará iniciar um tratamento empírico adequado e minimizará o aparecimento de resistências bacterianas.