25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1995-1


Área: Micobacteriologa ( Divisão C )

ATIVIDADE ANTIMICOBACTERIANA DE NAFTOIMIDAZÓIS DERIVADOS DE QUINONAS NATURAIS

Tatiane Silveira Coelho (FURG); Kelly Cristina Gallan de Moura (UFRJ); Daniela Fernandes Ramos (FURG); Antônio Ventura Pinto (UFRJ); Maria do Carmo Freire Ribeiro Pinto (UFRJ); Pedro Eduardo Almeida da Silva (FURG)

Resumo

A tuberculose (TB) é uma doença que tem acometido grande parte da população mundial, sendo responsável por cerca de 1,7 milhões de mortes anualmente. Embora o regime terapêutico disponível possa curar a maioria dos casos suscetíveis, o longo tempo de tratamento, a necessidade de fármacos para linhagens multidroga resistentes, a co-infecção com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e as linhagens persistentes, impõe a urgente necessidade de desenvolver novos fármacos contra a TB. Neste sentido, estão sendo realizadas pesquisas direcionadas para a descoberta de fármacos mais eficazes. Neste trabalho, foi avaliada a atividade de 23 naftoimidazóis frente ao Mycobacterium tuberculosis, H37Rv (ATCC 27294), ao M. tuberculosis resistente a rifampicina (ATCC 35388) e ao M. tuberculosis resistente a isoniazida (ATCC 35822). O método utilizado foi o da microdiluição (Resazurin Microtiter Assay), utilizando a resazurina como um indicador da viabilidade celular. Após realizar uma triagem inicial das moléculas, numa concentração fixa de 100ug/ml, os compostos ativos (16) foram submetidos à determinação da concentração mínima inibitória (CMI), cujos valores observados ficaram entre 100 e 0,78 ug/ml. Os derivados do tipo CF3 em orto e meta foram os mais ativos frente as três cepas (CMI de 1,56 e 0,78µg/ml). Estes derivados possuem átomos de flúor assim como as fluorquinolonas. O derivado quinolínico também apresentou atividade satisfatória (CMI entre 6,25 e 0,78µg/ml), sua estrutura possui um nitrogênio no anel aromático assim como alguns fármacos utilizados atualmente para a TB, incluindo as fluorquinolonas. No derivado com substituição o-Me, os átomos de flúor foram substituídos por átomos de hidrogênio, o que diminuiu a atividade (CMI de 3,12 e 1,56µg/ml). Assim, essas moléculas podem ser protótipos para o desenvolvimento de um novo fármaco contra a TB.

Palavras-chave: Mycobacterium tuberculosis, naftoimidazóis, novas drogas

Agradecimentos: CNPq, CAPES


Palavras-chave:  Mycobacterium tuberculosis, naftoimidazóis, novas drogas