FREQUÊNCIA E PERFIL DE SENSIBILIDADE DOS PRINCIPAIS MICROGANISMOS ISOLADOS EM HEMOCULTURA EM UM HOSPITAL ONCOLÓGICO

Valéria Cristina Faustinoni (Fundação Pio XII); Paulo de Tarso Oliveira E Castro (Fundação Pio XII)

Introdução: é fundamental o conhecimento da freqüência (Fq) e perfil de sensibilidade (PS) dos microrganismos (MO) isolados nas diferentes síndromes infecciosas. Nas infecções da corrente sanguínea a importância torna-se ainda maior pelo alto percentual de letalidade destas infecções. È papel do laboratório de microbiologia (LM) elaborar, analisar e divulgar relatório de Fq e do PS dos MO mais prevalentes nas diversas síndromes infecciosas. Objetivo: descrever a Fq e o PS de isolados de hemocultura em hospital oncológico. Métodos: realizamos análise retrospectiva dos dez principais MO isolados em hemocultura e do PS destes MO no período de 01/06/2007 até 31/12/2008. O LM do Hospital de Câncer de Barretos utiliza o sistema Bactec para detecção de crescimento e a identificação e antibiograma é realizada pelo Vitek2. Quando necessário, utiliza-se o método de disco difusão (Kirb Bauer) para a realização do teste de sensibilidade. Resultados: os 10 principais isolados resultaram total de 315 microrganismos, com a seguinte distribuição por ordem de freqüência: S. aureus (19%), Candida spp (17,1%), E. coli (16,8%), K. pneumoniae (15,6%), Staphyloccocus coagulase negativa (10,5%), P. aeruginosa (9,8%), E. cloacae (4,8%), A. baumannii (3,8%), E. faecalis (2,5%). Quanto à sensibilidade o S. aureus foi o agente que demonstrou maior percentual de resistência (45% resistente à oxacilina), seguido pela K. pneumoniae (30 % de resistência à cefalosporinas de 3ª geração), P. aeruginosa (15% de resistência à cefalosporinas anti-pseudomonas e 1% de resistência a carbapenem), E.coli (12% de resistência à cefalosporinas de 3ª geração). Conclusão: o principal agente isolado em hemocultura foi o S. aureus com resistência semelhante à relatada na literatura, enquanto as espécies de Candida representaram o segundo agente mais freqüente. K. pneumoniae apresntou alto percentual (30%) de resistência às cefalosporinas de 3ª geração, enquanto o percentual de resistência de E. coli a estas drogas foi baixo (12%). O percentual de resistência de P. aeruginosa foi baixo (15% de resistência à cefalosporinas anti-pseudomonas, 5% de resistência à ciprofloxacina e amicacina, e 1% de resistência a carbapenem).