PESQUISA DE PORTADORES NASAIS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ENTRE ESTUDANTES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO: EFEITO DA EXPOSIÇÃO CLÍNICA NA PREVALÊNCIA E SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS.

Alice Vieira Morellato (UFES); Jackeline Gonçalves (UFES); Manuela Tedesco Araujo (UFES); Thais Dias Lemos Kaiser (UFES); Ana Paula Ferreira Nunes (UFES)

Staphylococcus aureus é uma das principais causas de infecções em todo o mundo, podendo ser responsáveis por infecções como a foliculite e furunculose, até as que colocam em risco a vida do paciente, como abscesso profundo, osteomielite e endocardites. Uma importante fonte hospitalar desse patógeno são os portadores nasais incluindo os funcionários além dos pacientes. Entretanto, existem poucos trabalhos de avaliação do estado portador nasal de S. aureus. Por isso, este estudo teve por objetivo a análise e a comparação do estado portador de cepas de S. aureus entre 161 alunos de cursos da área da saúde que não tem contado com o hospital (Grupo 01) com 40 que já freqüentam o ambiente hospitalar por no mínimo 20 h semanais (Grupo 02). Para isso foram coletados swabs nasais desses alunos e semeados em ágar manitol salgado. As amostras que fermentaram o manitol foram submetidas a testes fenotípicos para identificação em nível de espécie. O perfil de susceptibilidade foi obtido para 16 antimicrobianos e a resistência a oxacilina e vancomicina foi verificada por meio de testes de triagem. Após realização dos testes de identificação, 37 (23%) do Grupo 01 e 6 (17%) do Grupo 02, foram classificados como portadores nasais de Staphylococcus aureus. Apesar do grupo 2 ter um numero muito reduzido de voluntários, a porcentagem de portadores nasais de S. aureus foi relativamente grande, apresentando uma tendência significativa de aumento, que poderá ser comprovado com um aumento do número de alunos. Até o momento, nosso estudo não detectou nenhum portador de cepa de S. aureus resistente a oxacilina (ORSA), mas a quantidade de indivíduos portadores de S. aureus foi de 21,8% próximo a taxa relatada de cerca de 30% para a população em geral. Apesar da busca por cepas ORSA se apresentar como foco principal da aplicação da triagem de portadores nasais como medida de controle da disseminação e prevenção de infecções é importante salientar que a espécie S. aureus é patogênica e capaz de causar infecções severas em pacientes de risco como os submetidos à hemodiálise, contribuindo assim com a mobimortalidade desses pacientes independente do seu perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. APOIO FINANCEIRO: FAPES – Fundação de Apoio à Ciência & Tecnologia do Espírito Santo, FACITEC - Fundo de Apoio à Ciência e Tecnologia do Município de Vitória, PIBIC/UFES.