AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA DO MEIO SELETIVO AGAR MANITOL SALGADO ACRESCIDO DE CEFOXITINA OU OXACILINA NA DETECÇÃO DIRETA DE  AMOSTRAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTES A OXACILINA (ORSA).

Jackeline Gonçalves (UFES); Thais Dias Lemos Kaiser (UFES); Flavia Caselli Pacheco (Laboratorio Tommasi); Manuela Tedesco Araujo (UFES); Eliezer Menezes Pereira (UFRJ); Kátia Regina Netto dos Santos (UFRJ); Ana Paula Ferreira Nunes (UFES)

Introdução: Staphylococcus spp são comumente encontrados colonizando a pele e membranas mucosas dos seres vivos numa relação benigna com o hospedeiro, entretanto, são freqüentemente isolados de infecções. S. aureus é o mais virulento do gênero e pode ser encontrado colonizando a mucosa nasal de 30 a 50% da população. Logo, a detecção rápida e confiável de portadores nasais de Staphylococcus aureus Resistentes a Oxacilina (ORSA) constitui um importante método de controle de infecção e prevenção da disseminação deste organismo em ambiente hospitalar. Materiais e métodos: Foram avaliadas 110 amostras hospitalares de Staphylococcus, sendo 54 S. aureus e 56 S. epidermidis. Os testes utilizados para detecção de amostras de ORSA e S. epidermidis resistentes a oxacilina foram Agar Manitol Salgado (AMS) acrescido de oxacilina (OXA) nas concentrações de 4 e 6mg/mL e de AMS com cefoxitina (CFO) na concentração de 2, 4 e 6mg/mL. O cálculo de Sensibilidade (S) e Especificidade (E) foi realizado em comparação ao método de agar triagem (AT) em Mueller Hinton com 6 e 4 mg/mL de OXA. Resultados: Para S. aureus, as concentrações em AMS com melhores resultados foram 4 µg/mL de OXA (24h) e 6 µg/mL de CFO (48h), com S e E de 100%. A concentração de 6mg/mL de CFO em 24h mostrou melhor S quando comparado ao método AT OXA 6mg/mL e em 48h esse valor chegou a 100%. Já para S. epidermidis a concentração em AMS que apresentou melhor resultado foi 6 µg/mL de CFO em 48h, que também apresentou uma S e E de 100% (48h), sendo esse valor superior ao método AT OXA 4mg/mL. Discussão e Conclusão: De acordo com os resultados, a utilização do AMS com 6 µg/mL de CFO seria o mais indicado para ambas espécies, pois foi o método que apresentou melhores valores de S e E sendo ainda capaz de auxiliar na identificação da espécie, já que a fermentação do manitol é também uma importante característica bioquímica capaz de diferenciar ambos. Além disso, esse método mostrou ser de fácil execução e de baixo custo sendo possível a sua implantação na rotina de laboratórios de análises clínicas. Apoio financeiro: CNPq, FAPES – Fundação de Apoio à Ciência & Tecnologia do Espírito Santo, PIBIC/UFES.