25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1926-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

PESQUISA DE GENES DE VIRULÊNCIA DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE AVES DE PRODUÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Mércia Rodrigues Barros (UFRPE); Ana Paula da Silva Ferreira Santos (ALIVET); Mateus Matiuzzi da Costa (UNIVASF); Jarbas Freitas Amarante (UNIVASF); José Sérgio de Alcântara E Silva (UFRPE); Andréa Alice da Fonseca Oliveira (UFRPE); Rinaldo Aparecido Mota (UFRPE)

Resumo

A Escherichia coli é habitante da microbiota intestinal. Em galinhas, sorotipos patogênicos têm sido associados a processos patológicos extra-intestinais e podem coexistir amostras patogênicas e apatogênicas de E. coli que são eliminadas em grande quantidade nas fezes. Recentemente foi desenvolvida a técnica de PCR múltipla para os fatores de virulência necessários para caracterização de APEC (E. coli patogência de aves). No presente estudo foram analisados 12 isolados de E. coli obtidos de frangos de corte e poedeira comercial (seios infraorbitais, n=3 e conteúdo cecal, n=9), em 17 granjas do Estado de Pernambuco. Os isolados foram semeados em ágar sangue de carneiro e incubados a 37°C por 24h para determinar a presença de hemólise. A caracterização molecular foi realizada por meio da reação em cadeia de polimerase (PCR) com iniciadores para pesquisa dos genes de virulência iss, iutA, ironN, hlyF e ompT para determinação do patotipo APEC. Das 12 amostras testadas, 11 apresentaram a-hemólise em ágar sangue. Na PCR, o número de amostras com amplificações para os fatores de virulência testados foram: iss (7), iutA (7) e hlyF (7), ironN (4)  e ompT (6). Dois isolados não apresentaram nenhum dos genes pesquisados, logo não devem ser considerados APEC. Oito isolados permitiram a amplificação de mais de um dos fatores testados em diferentes padrões. A presença de hemólise em ágar sangue foi superior à detecção do gene hlyF pela PCR. Contudo, a associação dos fatores de virulência indica que a PCR pode ser uma técnica mais precisa para determinar a patogenicidade em isolados de E. coli, quando comparada à detecção fenotípica da hemólise, uma vez que não foi observada relação entre as duas técnicas. Isolados de APEC foram obtidos de seios infraorbitais e conteúdo cecal de aves do estado de Pernambuco. A técnica de PCR para detecção dos fatores de virulência é rápida e prática, podendo ser usada na rotina laboratorial visando implantar medidas de controle e profilaxia das infecções por APEC em aves.


Palavras-chave:  Genes, Escherichia coli, APEC, Aves, PCR