25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1925-2


Área: Microbiologia Geral e Meio Ambiente ( Divisão L )

BIODEGRADAÇÃO DE LDPE (POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE) POR FUNGOS ISOLADOS DO SOLO.

Luhana Gonçalves de Santana (UMESP); Tiago Nunes Roberto (UMESP); Dayane Brasil (UMESP); Daise Carnietto (UMESP)

Resumo

Processos de biorremediação e biodegradação utilizam-se de técnicas que vem alcançando importância mundial, uma vez que o aumento da atividade industrial é oneroso aos ecossistemas naturais. O emprego de micro-organismos desde há muito são conhecidos no tratamento de rejeitos potencialmente tóxicos, incluindo LDPE (POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE), a sacola plástica utilizada comercialmente no mundo. Sistemas biológicos de micro-organismos são utilizados nesse processo naturalmente e são chamados de biodegradação natural. Pela importância do processo muitos são os estudos e muitas são as técnicas empregadas a fim de acelerar o processo de degradação de resíduos como estes. Por esse motivo o presente trabalho foi realizado com o intuito de avaliar a capacidade degradadora de cepas de fungos filamentosos isolados do solo, assim nosso grupo enterrou no solo em dois pontos de um Parque Central, localizado no município de Santo André – SP, de forma aleatória, fragmentos de LDPE de 2,5 cm X 2,5 cm em uma profundidade de 15 cm. Parcelas foram retiradas após o intervalo de 18 dias e, os fragmentos foram inoculados em ágar batata-dextrose com e sem antibiótico. Após o crescimento, foram realizados microcultivos para identificação dos fungos isolados e posteriormente foram preparadas placas com meio Sabouraud contendo LDPE submetido a queima e triturado na proporção de 10% de concentração para o teste da zona clara. A partir dos inoculos dos fragmentos de LDPE enterrados no solo, isolou-se  04 gêneros de fungos, Verticillium sp, Trichoderma sp, Fusarium sp e Phytophthora sp onde duas cepas foram positivas para a formação do halo claro, Verticillium sp e Trichoderma sp. A formação do halo claro em torno da colônia indica que o organismo foi capaz de despolimerizar o resíduo em questão, ou seja, o polímero foi convertido para seu monômero, que é o primeiro passo para a biodegradação. Com base nos resultados obtidos, verificou-se a presença de algumas espécies de fungos, capazes de realizar a biodegradação, o que nos motiva a estudar o processo de biodegradação in vitro a fim de buscar metodologias que possam de uma forma mais rápida, segura e vantajosa ao meio ambiente, degradar esse resíduo.


Palavras-chave:  biodegradação, LDPE, meio ambiente, fungos