25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1895-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

AVALIAÇÃO "IN VITRO" DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO MESOCARPO DE BABAÇU

Elizabeth de Sousa Barcelos Barroqueiro (UFMA); Azizedite Guedes Gonçalves (UFMA); Maria Nilce de Sousa Ribeiro (UFMA); Flávia Maria Mendonça do Amaral (UFMA); Flávia Raquel Fernandes do Nascimento (UFMA); Rosane Nassar Meireles Guerra (UFMA)

Resumo

As infecções bacterianas ocupam lugar de relevância pela sua ocorrência e morbi-mortalidade devido à resistência desenvolvida para antibióticos tradicionais. O uso do mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata, Mart.)(Arecaceae) tem sido bastante pesquisado quanto à atividade inflamatória, entretanto poucos relatos existem no que diz respeito à atividade antimicrobiana. Este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro a atividade antimicrobiana do extrato etanólico de mesocarpo de babaçu (Orbignya phalerata, Mart.) (Arecaceae) contra as cepas ATCC de Staphylococcus aureus 25923, Escherichia coli 25922, Pseudomonas aeruginosa 27853 e uma cepa hospitalar de Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA) sensível para vancomicina e resistente para cefoxitina, cefazolina, clindamicina, eritromicina, ciprofloxacina, gentamicina e tetraciclina. O produto comercial utilizado (mesocarpo de babaçu) pertencia a marca Mesovital, que é isento de registro pelo Ministério da Saúde de acordo com a portaria nº 1.056 publicado no D.O.U, em 14/01/1999. Este produto foi previamente submetido à análise de autenticidade, integridade e pureza através de teste físico-químico e análise cromatográfica. A obtenção do extrato foi feita por maceração com etanol na concentração de 250mg/ml. Para o teste de susceptibilidade antimicrobiana empregou-se o método do disco difusão (Kirby-Bauer). Os resultados mostraram que na concentração testada os halos inibitórios foram tanto para Staphylococcus aureus como para cepa hospitalar de Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA) de 15mm. Em relação às cepas de Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa não foram observados halos de inibição. Dessa forma, conclui-se que, o extrato etanólico de babaçu exibiu atividade antimicrobiana somente para os microrganismos Gram-positivos testados, sem demonstrar atividade para as cepas Gram-negativas utilizadas, necessitando de futuras investigações, tendo em vista que, a utilização de plantas medicinais em programas de atenção primária à saúde poderão se constituir uma alternativa terapêutica eficaz para os antibióticos existentes com eficácia, baixo custo operacional e relativa facilidade de aquisição pelas populações de baixa renda.

 

Palavras-chave: Atividade antimicrobiana, mesocarpo de babaçu, Arecaceae

 

Apoio: CNPq, FAPEMA, HU-UFMA.


Palavras-chave:  Atividade antimicrobiana, mesocarpo de babaçu, Arecaceae