25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1890-1


Área: Virologia ( Divisão P )

DISTRIBUIÇÃO DE RHINOVÍRUS E OUTROS VÍRUS RESPIRATÓRIOS EM CRIANÇAS DE CRECHE DE |SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Caroline Measso do Bonfm (Ibilce); Fátima Pereira de Souza (Ibilce); Paula Rahal (Ibilce); Dirce Maria Trevizan Zanetta (Famerp); Edison Luiz Durigon (USP); José Antônio Cordeiro (Famerp); Paulo Vítor Marques Simas (Ibilce); Luis Gustavo Araujo Gardinassi (Ibilce)

Resumo

As infecções do trato respiratório estão associadas com uma significante taxa de mortalidade no mundo todo e afetam especialmente crianças menores de cinco anos de idade. A maioria dessas infecções é de origem viral, dentre eles: Vírus Sincicial Respiratório, Metapneumovírus Humano, Influenza Humano, Parainfluenza e Rhinovírus. O conhecimento da epidemiologia e prevalência desses vírus é importante para que possam ser aplicados métodos terapêuticos adequados e ainda saber como esses vírus estão circulando.  O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de oito tipos de vírus respiratórios em 279 amostras de aspirado nasofaríngeo obtidos de Julho de 2004 a Setembro de 2005 de 120 crianças (73 do sexo masculino e 47 do sexo feminino) que tinham entre 0 a 6 anos de idade que apresentavam sintomas de infecções respiratórias. A análise foi realizada por meio da técnica de RT-PCR e seqüenciamento direto. Os resultados mostram que, 27,2% (76/279) foram positivas para pelo um dos vírus respiratórios, sendo 84,2% (64/76) de Picornavírus, 76,3% (58/76) de Rhinovírus e 7,9% de Enterovírus (6/76), 7,9% (6/76) de HRSV, 1,3% (1/76) de hMPV, 2,6% (2/76) de FLUA, 2,6% (2/76) de PIV-1 e 1,3% (1/76) de PIV-2. Um alto índice de crianças, 29% (22/76) tiveram casos de infecções repetidas.  A maioria das re-infecções, 82% (18/22), foram de Rhinovírus. Em 2004, as infecções compreenderam o período de junho a novembro, com pico de HRV em agosto e novembro. Em 2005, as infecções ocorreram entre os meses de fevereiro e setembro, com pico de HRV em maio. Analisando nossos resultados podemos notar que os Rhinovírus prevaleceram em nosso estudo. Além disso, nossos resultados mostraram que a recidiva de infecção foi comum e que na maioria das re-infecções eram por Rhinovírus. Portanto, estudos que permitam estabelecer associações entre as características da população susceptível e etiologia das infecções respiratórias proporcionam melhor entendimento e permitem o planejamento de recursos necessários para o desenvolvimento de programas de prevenção.

 

Agência financiadora: CAPES e FAPESP


Palavras-chave:  Vírus Respiratórios, Rhinovírus, Infecção Respiratória, Crianças de creche