AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E ANTIFÚNGICA DOS EXTRATOS OBTIDOS DE CROTON PALANOSTIGMA KLOTZSCH E SEUS DITERPENOS.

Eduardo Ferrreira Mota (BAIP, ICB, UFPA); Lúcia Carla Vasconcelos Mendonça (Fac.Farm., UFPA); Marta Chagas Monteiro (BAIP, ICB, UFPA); Davi do Socorro Barros Brasil (ICEN, UFPA); Adolfo Henrique Muller (CESUPA); José Maria dos Santos Vieira (PPGCF-UFPA); Maria Fani Dolabela (BAIP, ICB, UFPA)

Introdução: O crescente aparecimento de resistência a antimicrobianos e a toxicidade relacionada a algumas classes destes fármacos vem tornando necessário cada vez mais a busca de novos fármacos. Nesse contexto, as plantas vêm dando uma importante contribuição para o isolamento de novos princípios ativos, com várias espécies na Amazônia brasileira. Objetivo: Este trabalho visou avaliar a atividade antibacteriana e antifúngica dos extratos diclorometânico e metanólico das cascas e metanólico das folhas de C. palanostigma e de seus diterpenos aparisthmano e cordatina. Material e Métodos: Folhas e cascas de C. palanostigma foram submetidas à percolação com diclorometano e metanol, filtrou-se e concentrou-se em rotaevaporador até resíduos. O extrato diclorometânico das cascas foi submetido à cromatografia de coluna, sendo eluído com solventes de polaridade crescente, obtendo-se o aparisthmano e a cordatina. Os extratos diclorometânico e metanólico das cascas e metanólico das folhas de C.palanostigma seus diterpenos, aparisthmano e cordatina, foram submetidos à avaliação preliminar da atividade antimicrobiana pelo método de difusão em Agar, sendo utilizadas as seguintes cepas ATCC de Staphylococcus aureus (25923), Pseudomonas aeruginosa (10145), Escherichia coli (25922) e Candida albicans (10231). Como controles foram utilizados 30 mg cloranfenicol para bactérias e 120 mg nistatina para C. albicans. Resultados: Os extratos diclorometânico e metanólico das cascas de C. palanostigma foram negativos para todas as cepas de bactérias e fungo utilizadas no presente trabalho, enquanto que o extrato metanólico das folhas foi positivo frente à cepa de P. aeruginosa. Em outro trabalho, extratos obtidos das folhas de C. urucurana também foram positivos para este microrganismo, corroborando assim com os resultados deste estudo. A cordatina foi negativa para a atividade antimicrobiana frente a todas as bactérias e fungo tesados, já o aparisthmano foi positivo frente à cepa de C. albicans. Conclusão: O extrato metanólico das folhas de C. palanosigma e o aparisthmano apresentaram um alto potencial para a atividade antimicrobiana, sendo agora necessária à determinação da concentração inibitória mínima para estas amostras.