25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1874-2


Área: Patogenicidade Microbiana ( Divisão D )

A INTERNALIZAÇÃO DE ESCHERICHIA COLI ENTEROAGREGATIVA EM CÉLULAS T84

Ana Cláudia Machado Pereira (UERJ); Suelen Bozzi Costa (UERJ); Edilene Rodrigues Nascimento (UERJ); Ana Luiza Mattos-guaraldi (UERJ); Raphael Hirata Júnior (UERJ); Maria das Graças Luna (UERJ); Ana Cláudia de Paula Rosa (UERJ)

Resumo

Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) é um patógeno frequentemente isolado de casos de diarréia aguda e persistente. EAEC exibe o padrão de aderência agregativa em células HEp-2. O plasmídeo de aderência agregativa pode ser detectado na maioria das cepas de EAEC. A patogenicidade de EAEC inclui expressão de fímbrias de aderência agregativa que contribuem para aderência em células intestinais, a formação de uma espessa camada de muco no intestino, dano celular, toxicidade e extrusão celular. Em nosso trabalho demonstramos que algumas das cepas EAEC isoladas de crianças com diarréia aguda são invasoras. Elas provocam vacuolização em células Caco-2 e T84, e podem persistir dentro das células por até 72 horas. No presente estudo, realizamos ensaios de internalização de 06 (seis) cepas EAEC com células T84 previamente tratadas com citocalasina E, colchicina e genisteína, substâncias que inibem a reorganização dos filamentos de actina, microtúbulos e ativação de quinases, respectivamente. A citocalasina contribui para exposição de receptores localizados na região baso-lateral dos enterócitos o que resultou no acréscimo de bactérias associadas, sugerindo que algumas EAEC podem interagir eficientemente com receptores desse sítio. Em células tratadas com citocalasina, verificamos que três cepas (I18/2, I34/4 e H92/3) tiveram redução dos índices de invasão. A maioria das cepas mostrou redução do número de bactérias intracelulares e dos índices de invasão em células tratadas com colchicina e genisteína. Em células não tratadas, EAEC foi observada no interior de vacúolos por microscopia eletrônica de transmissão (MET) por até 72 horas e o tratamento prévio da célula com colchicina, inibiu a internalização e persistência de EAEC. Nossos dados demonstram que a reorganização dos microtúbulos e a ativação de quinases são eventos induzidos por algumas cepas EAEC durante a invasão de células intestinais.

Apoio financeiro: CAPES; FAPERJ; CNPq; SR2-UERJ


Palavras-chave:  Escherichia coli enteroagregativa, invasão, célula T84, citoesqueleto, sinalização