25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1862-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PERFIL DE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE ISOLADOS DE SERRATIA MARCESCENS DO BIOFILME SUBGENGIVAL, DE INFECÇÕES EXTRA-ORAIS E DO AMBIENTE

Ticiana Mont'alverne Lopes Parente (UFC); Alrieta Henrique Teixeira (UFC); Emanuela de Lima Rebouças (UFC); Francisco Cesar Barroso Barbosa (UFC); Iriana Carla Junqueira Zanin (UFC)

Resumo

S. marcescens é reconhecida como um patógeno oportunista, sendo a causa de várias infecções hospitalares de severidade variável. Recentemente, S. marcescens foi isolada do biofilme subgengival de indivíduos com diferentes condições periodontais, embora seu papel na doença periodontal ainda não tenha sido elucidado. O objetivo desse trabalho foi analisar o crescimento bacteriano e a suscetibilidade de amostras ambientais, de biofilme oral e de infecções extra-orais a diferentes antibióticos. Inicialmente, foi realizada a curva de crescimento da cepa padrão CDC 4112 de S. marcescens por 24 horas, através da medida da absorbância a cada 30 minutos a 600 nm possibilitando a determinação da ABS correspondente a um crescimento bacteriano de 1-3 x 108 UFC/ml que foi utilizada como padrão para o teste de suscetibilidade antimicrobiana. Todos os experimentos foram realizados em triplicata. A seguir, os isolados ambientais e clínicos tiveram sua suscetibilidade antimicrobiana avaliada através do E-Test® para os antibióticos ciprofloxacina (CIP), cefotaxima (CTX), doxiciclina (DOX), imipenem (IPM) e tobramicina (TOB) seguindo as recomendações do fabricante.  Os resultados demonstraram que a curva de crescimento obtida foi padrão para S. marcescens atingindo a fase log após 2h de crescimento e a fase estacionária após 18h. A concentração inibitória mínima (MIC) para os isolados de diferentes origens variou de 0,02 a 32 µg/mL para CIP; 0,04 a 32 µg/mL para CTX; 2,0 a 32 µg/mL para DOX, 0,12 a 2 µg/mL para IPM e 0,38 a 16 µg/mL para TOB. A análise estatística demonstrou não haver diferenças significativas no perfil de resistência das amostras de diferentes origens em relação as drogas DOX, CTX e IPM. Considerando a resistência a CIP, as amostras ambientais foram significativamente mais resistentes do que as amostras orais e extra-orais (p<0,05). Para a droga TOB, as amostras orais foram significantemente mais sensíveis do que as demais amostras. Os resultados demonstraram que a maioria das amostras é susceptível aos antibióticos testados.


Palavras-chave:  Antimicrobianos, Biofilme subgengival, Infecção extra-oral, Resistência, Serratia marcescens