25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1849-2


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE SEMENTES DE PLANTAS CONTRA BACTÉRIAS CAUSADORAS DE MASTITE

Ana Catarina Viana Valle (UPIS); Gabriela Guimarães (UPIS); Andrea Maria Lazzari (UPIS); Francislete Rodrigues Melo (UPIS)

Resumo

As plantas medicinais vêm ganhando lugar de destaque entre as terapias tanto como coadjuvantes quanto fitoterápicos únicos. O objetivo do trabalho foi testar nove frações protéicas de sementes das plantas Annona muricata-graviola, Inga edulis-ingá, Bauhinia forficata Link.-pata de vaca, Maytenus ilicifolia-espinheira santa, Mucuna aterrima-mucuna preta, Jatropha curcas L.-pinhão manso, Amburana cearensis-umburana, Persea americana Mill.-abacate, Seriola dumerilii-olho de boi contra 23 bactérias de casos de mastite (Staphylococcus aureus, S. intermedius, S. coagulase negativa, S. hyicus, Streptococcus uberis, S. α-hemolíticos, S. dysgalactiae, S. bovis  e  Enterococcus faecalis), e determinar o perfil de sensibilidade a seis antimicrobianos (cefalexina-30, sulfazotrim-25, ampicilina-10, novobiocina-30 , gentamicina-10 e tetraciclina-30). O método utilizado foi de Kirby-Bauer modificado. Discos de papel absorventes foram inoculados com 30µl da fração protéica. Os Staphylococcus apresentaram maior resistência à tetraciclina (42%) e ampicilina (33%), os Streptococcus e E. faecalis à tetraciclina (36%) e sulfazotrim (10%).  As frações protéicas apresentaram maior ação contra os Streptococcus e E. faecalis (80%) do que aos Staphylococcus (20%). O pinhão manso, pata de vaca, ingá e umburana inibiram o crescimento do S. uberis com halos de inibição de 10 a 27mm. Espinheira santa, umburana e ingá inibiram o crescimento do S. bovis com halos variando de 8,5 a 11mm. A fração protéica da espinheira inibiu o crescimento do S. intermedius com halo de 9mm e do E. faecalis com halo de 8,5mm. O abacate inibiu o crescimento do S. coagulase negativa (halo de 9mm). O S. aureus, principal patógeno da glândula mamária, foi inibido pelo olho de boi (10,5mm). Este trabalho mostra que alguns antimicrobianos rotineiramente utilizados na veterinária já mostram sinais de ineficiência e que as frações protéicas tiveram efeito quando testadas in vitro. Novos estudos devem ser realizados para que haja uma melhor elucidação sobre a ação destas frações in vitro e in vivo, bem como avaliação de efeitos tóxicos sobre as células do paciente.


Palavras-chave:  fitoterápicos, resistência, mastite, antimicrobianos, bactérias