25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1843-2


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

PROTEÍNAS DE SEMENTES DE PINHA (ANNONA SQUAMOSA) ATIVAS CONTRA BACTÉRIAS CAUSADORAS DE MASTITE.

Beatriz de Oliveira Sotero (UPIS); Andrea Maria Lazzari (UPIS); Gabriela Moreira Guimarães (UPIS); Raquel Meneses de Souza Silva (UPIS); Ana Catarina Viana Valle (UPIS); Leilane Dias Rocha (UPIS); Francislete Rodrigues Melo (UPIS)

Resumo

Constituindo um dos principais problemas para a pecuária leiteira, a mastite, processo inflamatório da glândula mamária, acarreta graves prejuízos, quer seja pela diminuição da produção, alteração físico-química do leite ou perda dos quartos afetados. A ineficiência terapêutica está relacionada, principalmente, a frequente resistência aos antimicrobianos convencionais. Tendo em vista a expansão da fitoterapia no mercado mundial e brasileiro, bem como seu uso na terapêutica animal, objetivou-se neste trabalho avaliar uma possível ação antimicrobiana da fração protéica de sementes de Pinha (Annona squamosa) contra bactérias causadoras de mastite em animais de produção. Foram utilizados 170 mg de fração protéica de sementes de Pinha obtida por precipitação com sulfato de amônia em 500µl de solução salina. Os testes bacteriológicos foram realizados in vitro, através da técnica de Kirby Bauer modificada, utilizando discos de papel absorventes inoculados com 30µl da fração protéica. Nove isolados bacterianos causadores de mastite foram testados (um Staphylococcus intermedius, um S. aureus, dois S. coagulase negativa, quatro Streptococcus uberis e um S. α- hemolítico). Para avaliar o padrão protéico dessa fração foi realizado gel de eletroforese sob condições desnaturantes (SDS-PAGE). Três bactérias demonstraram sensibilidade à fração protéica de sementes de A. squamosa, sendo possível observar halo de inibição de 7,5mm no S. intermedius, 14 mm no isolado de S. uberis e 10,5mm no isolado de S. α-hemolítico. Através do gel de eletroforese verificamos a presença de proteínas com massa molecular entre 50 e 10 kDa, sendo essas últimas as mais abundantes. O uso de A. squamosa no tratamento de mastite pode representar uma alternativa aos medicamentos convencionais, sendo esse estudo uma base para posteriores investigações sobre segurança e eficácia desse material in vivo.


Palavras-chave:  Fitoterápico, Annoma squamosa, Mastite, Resistência bacteriana