25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1843-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

PERSISTÊNCIA DE IMUNOGLOBULINAS VACINAIS PÓS VACINAÇÃO COM A CEPA B19 DE BRUCELLA ABORTUS EM BÚFALAS

Marília Viviane Snel de Oliveira (UPIS); Andrea Maria Lazzari (UPIS); Gabriela Moreira Guimarães (UPIS); Fernanda dos Santos Krug (UPIS); Camila Braz Ribeiral (UPIS); Rachel Pereira da Rocha (UPIS); Paula Poll (UPIS); Rafael Araújo Costa (UPIS); Gustavo Antônio Figueredo Barbosa (UPIS)

Resumo

O status sanitário de bubalinos (Bubalus bubalis) em relação à brucelose é de extrema importância visto o crescimento desta atividade produtiva no Brasil e no mundo. O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose – PNCEBT utiliza o sorodiagnóstico como forma de certificação de propriedades livres e monitoradas para Brucelose e a utilização da vacina B19 de B. abortus como prevenção. Os testes recomendados são antígeno acidificado tamponado-AAT, teste de triagem (detecta IgG e poucas Ig inespecíficas); o 2-mercaptoetanol-2ME (IgG) em associação com soroaglutinação lenta-SL (IgG e IgM, algumas inespecíficas), teste confirmatório e a fixação do complemento-FC (IgG), teste de referência para o comércio internacional de animais. Os dados referentes ao sorodiagnóstico da Brucelose em bubalinos são escassos, e o objetivo do trabalho foi avaliar a persistência de Ig vacinais através dos testes do AAT, SL e 2ME. Bezerras bubalinas (51) entre 3 e 8 meses de idade foram vacinadas com a cepa B19 de B. abortus. O soro sanguíneo foi coletado imediatamente antes da vacinação, 15 dias pós-vacinação (PV) e depois mensalmente. Todas as bezerras apresentaram-se negativas antes da vacinação e positivas nos três testes 15 dias PV. As Ig deixaram de ser detectadas pelo AAT entre 3 e 11 meses PV. Em alguns animais, as Ig detectáveis pela SL permaneceram por mais de 24 meses. Já, as Ig detectáveis pelo teste 2ME sumiram completamente até os 9 meses PV. Segundo o PNCEBT, o primeiro teste sorológico para Brucelose em fêmeas vacinadas na época correta deve ser aos 24 meses de vida para evitar detecção de Ig vacinais que poderiam confundir com infecção, pois em bovinos, estas Ig não são mais detectáveis 11 meses PV com a vacina B 19 de B. abortus. Os resultados demonstram que para bubalinos existe segurança na realização do primeiro teste sorológico aos 24 meses de vida em bezerras vacinadas na época correta, visto que a IgG vacinal, demonstrada pelo AAT e pelo 2ME não são mais detectadas, respectivamente, aos 11 e 9 meses PV.


Palavras-chave:  anticorpos, Bubalis bubalis, vacina brucelose