25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1824-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

PSEUDOMONAS AERUGINOSA RESISTENTES À IMIPEMEM E MEROPENEM EM TRÊS HOSPITAIS PÚBLICOS DO ESTADO DE ALAGOAS

Renato Júnior Cavalcante da Silva (CPML); Luana Biggi de Souza (CPML); Zenaldo Porfirio (CPML); Gabryelle Barbosa Cordeiro de Lima (CPML); Eloísa Rafaelle da Silva Alécio (CPML); Alynne Karen Mendonça Santana (CPML); Ana Lúcia Biggi de Souza (UESB); Flávia Soares de Lima (CPML); Vanessa Mercês Silva Lima (CPML)

Resumo

Pseudomonas aeruginosa é um bacilo Gram-negativo não fermentador, cosmopolita em ambiente hospitalar. Nos pacientes com infecções hospitalares graves ou infecções causadas por microrganismos multirresistentes, os carbapenêmicos, imipinem e meropenem, constituem a terapia de escolha, pois apresentam amplo espectro de atividade antimicrobiana. O objetivo deste trabalho foi verificar cepas de P. aeruginosa resistentes a imipinem e meropenem em três hospitais públicos do Estado de Alagoas. O material biológico foi submetido ao plaqueamento por esgotamento nos meios de cultura de ágar sangue de carneiro 5% e ágar MacConkey; as placas foram incubadas a 36,5oC durante 24 ou 48 horas. As colônias isoladas de microrganismos foram pré-caracterizadas através da observação de sua morfologia e microscopia pela coloração de Gram. As bactérias não fermentadoras de açúcares foram identificadas através dos seguintes testes: prova da oxidase e pelo kit de identificação bioquímica para bactérias não fermentadoras, o qual identificou a presença de P. aeruginosa. O teste de sensibilidade antimicrobiana (TSA) foi realizado pela técnica de difusão em placa, utilizando-se ágar Müeller-Hinton e discos de antibióticos imipinem e meropenem. Em fevereiro de 2008 à abril de 2009, foram detectadas 157 cepas de P. aeruginosa isoladas de três diferentes hospitais públicos do Estado de Alagoas. Os materiais biológicos foram coletados nas seguintes proporções: secreção de ferida (83), secreção traqueal (35), urina (20), ponta de cateter (11), secreção de ouvido (3), secreção ocular (2), líquido peritonial (1), secreção uretral (1) e líquido ascítico (1). Das 157 amostras submetidas ao TSA, detectou-se o aparecimento de resistência ao imipenem e o meropenem em: 21 (25,30%) amostras analisadas de secreção de ferida (das 83), 6 (17,14%) amostras de secreção traqueal (das 35), 4 ( 20%) amostras de urinas (das 20), 3 (27,27%) amostras de ponta de cateter (das 11), 1 (33,33%) de secreção de ouvido (das 3­), nenhuma amostra de secreção ocular (das 2),  nenhuma amostra de líquido peritonial (de 1), 1 (100%) amostra de secreção uretral (de 1) e nenhuma amostra de líquido ascítico (de 1). Do total de amostras analisadas, foi verificado o aparecimento de resistência em 36 (22,96%) cepas no TSA para os carbapenêmicos (imipenem e meropenem), indicando que essas cepas de P. aeruginosas possivelmente são produtoras de carbapenemases nos sítios isolados, o que lhes confere resistência a esses antibióticos e 121 (77,07%) cepas apresentaram sensibilidade a esses carbapenêmicos. A maior prevalência e o perfil de resistência ao uso de meropenem e imipinem em cepas de P. aeruginosa foram detectadas nas amostras de secreção de feridas, sendo necessário um controle das infecções hospitalares para tentar diminuir a resistência bacteriana nos hospitais estudados.


Palavras-chave:  Pseudomonas aeruginosa, Imipenem, Meropenem, Resistência