25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1807-1


Área: Microbiologia Veterinária ( Divisão G )

AVALIAÇÃO DA PATOGENICIDADE DE E. COLI ISOLADAS DE AVES DE REPOSIÇÃO DE POSTURA COMERCIAL

Elisabete Aparecida Lopes Guastalli (Unesp-Jaboticabal); Renato Maluta (Unesp-Jaboticabal); Marcos Roberto Buim (IB); Nilce Maria Soares (IB); Bruno Henrique Lopes Guastalli (UEM); Fernando Antonio de Ávila (Unesp-Jaboticabal)

Resumo

Na avicultura industrial a Escherichia coli (E. coli) é considerada um dos principais agentes de doença, pois as cepas patogênicas são responsáveis por quadros infecciosos que atingem praticamente todos os órgãos das aves, acarretando grandes prejuízos econômicos.  A bactéria faz parte da microbiota entérica das aves e cerca de 10 a 20% das cepas encontradas no intestino são patogênica, quando excretadas nas fezes, contaminam o ambiente, alimento e a água, que servirão como via de disseminação. Este trabalho teve como objetivo avaliar através do teste de patogenicidade, as cepas de E.coli isoladas das aves de postura comercial. Para tanto, foram colhidos fragmentos de fígado e intestino (separados), de aves com sete dias de idade para o isolamento de E. coli, provenientes de 20 lotes, dos quais foram isoladas 90 cepas. Todas as amostras foram submetidas ao teste de patogenicidade em pintos com um dia de idade. Para cada amostra, foram utilizados 10 pintinhos machos de linhagem comercial, que foram inoculados com 0,1 mL da cultura bacteriana, padronizada em 107 unidades formadoras de colônias/mL (UFC/mL) no saco aéreo torácico esquerdo.  As aves foram observadas durante 10 dias, e, de acordo com o índice de mortalidade, as amostras foram classificadas em alta (mortalidade ≥ 80%), intermediária (mortalidade > 50% e < 80%), baixa patogenicidade (mortalidade ≤ 50%) e não-patogênica (mortalidade zero).  O teste de patogenicidade revelou que das 90 cepas estudadas, 23 (25,56%) foram de alta, 22 (24,44%) intermediária, 22 (24,44%) de baixa patogenicidade e 23 (25,56%) cepas não foram patogênicas. Através destes resultados podemos observar que o controle da colibacilose tem sido difícil, pois metade das cepas estudadas é de alta e de intermediária patogenicidade para pintinho de um dia de idade. Há carência de um teste de diagnóstico para determinar se os isolados de E.coli são patógenos primários, secundários, ou não patogênico e a bactéria muitas vezes é subestimada.  A determinação da patogenicidade através de inoculação "in vivo" em pintinhos de um dia de idade é fundamental para estabelecer uma classificação da patogenicidade desta bactéria, sendo uma importante ferramenta na identificação de cepas patogênicas que causam grandes prejuízos na produção avícola.


Palavras-chave:  Aves, Escherichia coli, Patogenicidade, Postura