25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:1784-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

SOROPREVALÊNCIA DE SÍFILIS EM MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO DOS ESTADOS DO ACRE E AMAPÁ

Alexandre Numes Equime (UFPA); Lúcio Flávio Demétrio da Silva (UFPA); Karla Tereza Silva Ribeiro (UFPA); Luiz Fernando Almeida Machado (UFPA); Antonia Benedita Rodrigues Vieira (UFPA)

Resumo

A sífilis é uma doença infecciosa, sistêmica e de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência, seu agente etiológico é a bactéria Treponema pallidum subespécie pallidum. Os objetivos do presente trabalho foram verificar a soroprevalência de sífilis em mulheres profissionais do sexo dos estados do Acre e Amapá, identificar principais fatores de risco para a aquisição da sífilis e descrever o perfil sócio-epidemiológico da população estudada. Foram entrevistadas 45 mulheres profissionais do sexo e coletadas amostras de sangue. Foram testadas para o marcador sorológico da sífilis através do RPR e ensaio imunoenzimático ELISA. Do total de 45 amostras analisadas, 5 (11,1%) foram reagentes pelo teste de RPR e ELISA, 14 (20,0%) e 5 (11,1%) reagiram somente para o ELISA, e RPR, respectivamente. As características sócio-epidemiológicas da população estudada: a faixa etária prevalente foi entre 25 e 35 anos (42,2%), 31 (68,8%) são solteiras, 68,5% possuem de 1 a 3 filhos, e 27 (60%) cursou até o 1ª grau. Em relação aos fatores de risco relacionados ao trabalho exercido pelas profissionais do sexo e as taxas de prevalência a infecção pelo T. pallidum foram 20% declararam não usar preservativos (p=0, 3761), 40,0% possuíam de 2 a 19 parceiros por mês (p=0, 6297) e 9,7% mantinham relação sexual com parceiros usuários de drogas endovenosas (p=1,0000). Considerando o comportamento sexual das mulheres profissionais do sexo e as taxas de prevalência de infecção pelo T. pallidum, as variáveis com as maiores taxas de prevalência para sífilis foram 54,8% para as mulheres que mantinham relação sexual com parceiros de outros estados (p=1,0000), e 96,8% para que mantivessem relação sexual com parceiros heterossexuais (p=0, 2619) e 80,0% para as que praticam sexo anal (p=0, 4320). De acordo com os resultados as mulheres profissionais do sexo dos estados do Acre e Amapá representam uma população de alto risco a aquisição de infecções sexualmente transmissíveis. Apesar da sensibilidade da bactéria a penicilina, a sífilis continua como um problema de saúde pública. É necessário mais atenção as mulheres profissionais do sexo pelos serviços de saúde pública, tanto em termos de programas preventivos como de realização de novas investigações que permitem um melhor conhecimento acerca dos fatores de risco específicos desse grupo para as doenças sexualmente transmissíveis.

APOIO: PIBIC/UFPA

Palavras Chaves: Soroprevalência, Treponema pallidum, Sífilis, Mulheres Profissionais do Sexo.


Palavras-chave:  Treponema pallidum, Sífilis, Mulheres, Profissionais do Sexo